Publicado em: 25/04/2025

8 de janeiro: STF condena cabeleireira que pichou estátua a 14 anos de prisão

Em depoimento, a cabeleireira confirmou que vandalizou a escultura com batom vermelho, mas que agiu no “calor do momento”

Agência Brasil, Jennifer Ribeiro
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A condenação indica cinco crimes / © Joédson Alves / Agência Brasil.

Nesta sexta-feira (25), a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formou a maioria para condenar a cabeleireira Débora Rodrigues do Santos a 14 anos de prisão, após ela pichar ‘Perdeu, mané’ na estátua ‘A Justiça’, durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

A condenação indica cinco crimes: deterioração de patrimônio tombado, dano qualificado, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada.

Dos cinco ministros da Primeira Turma, três votaram pela pena mais alta de prisão, ou seja, 14 anos. São eles: Alexandre de Mores, Flávio Dino e Cármen Lúcia.

Já os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin opuseram. Fux, pediu por 1 ano e 6 meses; e Zanin defendeu que a pena fosse de 11 anos.

Em depoimento, a cabeleireira confirmou que vandalizou a escultura com batom vermelho. Ela afirmou que agiu no “calor do momento” após um homem ter pedido a ela que terminasse de escrever a frase no monumento. Também disse que não sabia do valor simbólico e financeiro da estátua

A frase “Perdeu, mané” é uma referência à resposta que o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, deu a um bolsonarista que o abordou em Nova York contestando a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.