Publicado em: 01/07/2025
Superlua está prevista para o dia 10, enquanto chuva de meteoros terá melhor observação nos dias 30 e 31
A entrada de um objeto luminoso na atmosfera terrestre, que foi vista em Mato Grosso do Sul no dia 20 de junho e posteriormente identificado como lixo espacial, fez muitas pessoas passarem a prestar mais atenção no céu e seus fenômenos astronômicos. Assim, o que os céus reservam para os estudiosos, e também os curiosos, neste mês de julho?
Em Campo Grande, dezenas de registros foram feitos do objeto misterioso e seu rastro luminoso. O que inicialmente foi visto como um meteoro, depois foi identificado como uma peça de lixo espacial que adentrou a atmosfera terrestre, gerando o rastro luminoso.
Segundo o Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, o objeto era um corpo de foguete utilizado no lançamento do satélite de comunicações na região Ásia-Pacífico. Após mais de uma década em órbita, sua trajetória decaiu gradualmente, resultando na reentrada sem intervenção humana.
Se você foi um dos que ficaram encantados com o rastro luminoso nos céus, o mês de julho reserva mais uma série de fenômenos interessantes, sendo que muitos deles observáveis a olho nu. Outros terão visibilidade apenas com suporte de binóculos ou outros aparelhos, ou, ainda, que o observador se distancie de locais com presença de luz artificial.
Dentre os fenômenos previstos, estão conjunções planetárias raras, fenômenos lunares e uma chuva de meteoros que iluminará as noites, especialmente no Hemisfério Sul.
Afélio
Já na quinta-feira (3) ocorre o afélio de julho, que é o evento astronômico que ocorre quando a Terra está no ponto mais distante do Sol em sua órbita. Em 2025, o afélio acontecerá no dia 3 de julho, às 20h UTC (16h no horário de MS).
Apesar da distância maior em relação ao Sol, a diferença na quantidade de luz solar que atinge cada hemisfério continua a ser o fator determinante para as temperaturas, com o hemisfério norte em verão e o hemisfério sul em inverno, mesmo durante o afélio.
Fases da Lua
O primeiro fenômeno de maio tendo a Lua como protagonista neste mês deve ser uma Superlua, que atingirá seu pico na noite de 10 de julho. A Lua em sua fase ‘Cheia’ parecerá completamente iluminada, proporcionando uma visão magnífica a olho nu.
Ainda sobre as fases da Lua, no dia 24 de julho teremos a Lua Nova. Este é o melhor momento para a observação de estrelas e objetos de céu profundo, pois a ausência da luz lunar minimiza a interferência.
Planetas
Em relação aos planetas, no dia 4 de julho acontece ‘Mercúrio na Maior Elongação Oeste’, ou seja, o primeiro planeta do Sistema Solar atingirá sua maior distância aparente a oeste do Sol.
Assim, este é o melhor momento para tentar avistar o planeta a olho nu, logo antes do nascer do sol, desde que você tenha um horizonte leste desobstruído. No entanto, sua visibilidade será breve, pois ele rapidamente voltará a se aproximar do Sol.
Para quem possui binóculos ou um pequeno telescópio, o mês de julho guarda algumas joias celestes como, por exemplo, um encontro raro entre Saturno e Netuno, que dura todo o mês. O próximo alinhamento tal como este só ocorrerá em 2061.
Embora ambos possam ser observados simultaneamente com binóculos ou um pequeno telescópio de baixo aumento, lembre-se que o afastamento entre eles será de aproximadamente 1°, o equivalente a duas vezes o diâmetro aparente da Lua. Portanto, use sua ocular de maior distância focal para ter um campo de visão mais amplo.
Meteoros
Em relação aos meteoros, nos dias 30 e 31 de julho ocorre a Chuva de Meteoros Delta-Aquáridas do Sul, com uma média de 25 meteoros por hora. Embora os meteoros sejam tênues, a Lua estará quase metade iluminada. O melhor horário para observação é por volta das 2h da manhã.
Sejam planetas, Lua ou meteoros, as noites de julho reservam diversos fenômenos para manter os olhos nos céus. Seja você um astrônomo experiente ou um curioso do céu, há algo para todos neste mês.