Publicado em 24/09/2024 às 17:34, Atualizado em 25/09/2024 às 00:37

Menos da metade dos adolescentes tomou 2ª dose da vacina contra dengue

Dos 173 mil imunizantes recebidos, foram aplicadas 66,7 mil doses, mas apenas 21,5 mil completaram o esquema

CampoGrandeNews,
Cb image default
Aluno da Rede Municipal de Ensino recebendo a dose do imunizante contra a dengue (Foto: Marcos Maluf)

Dados preliminares do PNI (Programa Nacional de Imunizações) mostram que a adesão à segunda dose da vacina contra a dengue em Mato Grosso do Sul está abaixo do esperado. Das 173 mil doses recebidas, apenas 66,7 mil foram aplicadas como primeira dose, e pouco mais de 21,5 mil adolescentes retornaram para completar o esquema vacinal.

Em 2024, o Brasil registrou 2,2 milhões de primeiras doses aplicadas, mas somente 636 mil pessoas tomaram a segunda dose, evidenciando uma adesão abaixo de 50%. A vacinação é destinada a adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária com alto risco de hospitalização pela doença.

“Dentro da faixa etária indicada pelo laboratório para receber a vacina, selecionamos o intervalo com maior número de hospitalizações por dengue no Brasil. Contudo, esse público tem uma adesão menor, justamente por não ser uma idade que frequenta os serviços de saúde rotineiramente. Por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e adolescentes para se vacinar. É um ato de amor e de responsabilidade”, destacou a a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

A vacina foi incorporada ao SUS de forma inédita em 2024, focando em regiões com alta transmissão nos últimos dez anos. Mesmo com o aumento dos casos de dengue no mundo, especialmente devido às mudanças climáticas, a adesão à vacinação ainda é baixa entre adolescentes, grupo que não frequenta os serviços de saúde com regularidade.

Os critérios para a definição dos municípios escolhidos para receber as doses da vacina foram definidos seguindo as recomendações da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização) e da OMS. As vacinas são destinadas às regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.