Publicado em 11/07/2024 às 08:00, Atualizado em 11/07/2024 às 14:32
A ação seguirá até o dia 31 de julho, com o objetivo de acompanhar a situação vacinal das crianças
A SES (Secretaria de Estado da Saúde), por meio coordenadoria de Imunização, vai analisar a caderneta de vacinação de 22.097 crianças em Mato Grosso do Sul em ação para combater a poliomielite e sarampo nos 79 municípios.
A ação seguirá até o dia 31 de julho, com o objetivo de acompanhar a situação vacinal das crianças de seis meses a menores de cinco anos, público-alvo das duas vacinas. No Estado, ainda será definida a faixa etária do pente-fino.
O número será definido a partir de critérios técnicos baseados no número da população de crianças e de sala de vacinas, registradas no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde).
Segundo a coordenadora de Imunização da SES, Ana Paula Goldfinger, além de fazer o monitoramento para mapear as áreas com baixa cobertura vacinal no Estado e elaborar estratégias que ajudem os municípios a atingirem ou se aproximarem da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde.
A meta é de 95% de cobertura vacinal e a ação também proporciona uma busca ativa das crianças que ainda estão com as vacinas da pólio e do sarampo em atraso.
“Cada município vai montar sua estratégia com as equipes para realizar o trabalho de monitoramento. Ao fim do Monitoramento das Estratégias de Vacinação, os municípios deverão consolidar no sistema de informações todas as ações executadas. Os dados serão analisados pela equipe responsável da SES, para que se tenha um indicador de como está a adesão às vacinas contra poliomielite e sarampo em todo o território”, explica.
Abaixo da meta
No ano passado, Campo Grande ficou abaixo da meta de vacinação do Ministério da Saúde, com 85,72% do público-alvo imunizado. No nível estadual, o resultado foi um pouco melhor, com 245 mil crianças vacinadas, ou 88,19%. Entretanto, nenhum estado brasileiro atingiu o índice do Ministério da Saúde e a campanha terminou com 84,63% de vacinados no Brasil.
A adesão abaixo do índice coloca o país em alto risco de reintrodução do vírus da pólio. A superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo, alerta: “enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a doença, considerando que em alguns países ainda há circulação da poliomielite”.
A paralisia infantil
A paralisia infantil é uma doença contagiosa causada por um vírus que vive no intestino e que pode infectar adultos e crianças. Sua transmissão se dá pelo contato direto com as fezes ou secreções eliminadas pelo corpo.
A doença causa paralisia e, nos casos mais graves, atinge os membros inferiores, como paralisia de uma das pernas, pé torto, dores nas articulações e atinge também outros músculos que podem prejudicar a fala e a deglutição.
De acordo com a Sesau, crianças menores de 1 ano de idade devem ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para o esquema primário, ou seja, três doses da VIP (Vacina Inativada Poliomielite). Já as crianças de 1 a 4 anos deverão ser vacinadas indiscriminadamente com a VOP (Vacina Oral Poliomielite), a famosa gotinha, desde que já tenham recebido o esquema primário com a VIP.