Publicado em 14/11/2021 às 12:00, Atualizado em 14/11/2021 às 15:07

Ação entre PC de MS e PF resulta na prisão de casal equatoriano procurado pela Interpol

Da Redação, Ivi Hoje, PC-MS
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A Polícia Civil de MS e Polícia Federal prenderam um casal de equatorianos suspeitos pela morte de uma criança de apenas oito anos, crime praticado no Equador.

A ação teve início após a senhora Letícia Amanda Pombar Balarezo (equatoriana de 36 anos), que parecia estar extremamente amedrontada, ter pedido por socorro a uma funcionária de uma agência bancária em Corumbá, entregando-lhe um bilhete com os dizeres “estoy en peligro” (estou em perigo).

Preocupada com a situação, a funcionária do banco tentou extrair mais informações da mulher, e então Letícia Amanda, enquanto seu companheiro (Gabriel Eduardo Gonzalez Moya, equatoriano de 39 anos) utilizava os serviços no banco e sem que ele percebesse, contou rapidamente à bancária que ele teria matado a filha dela (a criança Mel, de oito anos de idade) no Equador, bem como teria a sequestrado e a trazido para o Brasil juntamente com o filho dele (G.G.F. de 9 anos de idade), mostrando à bancária algumas fotos do que pareciam ser notícias sobre aquele crime, nas quais Gabriel Eduardo aparecia como suspeito.

A bancária repassou as informações a um Delegado da Polícia Civil, que, ao perceber a potencial gravidade dos fatos, imediatamente passou a realizar diligências e verificou que Gabriel Eduardo era, de fato, suspeito pela morte de sua enteada, fato ocorrido no Equador.

A partir daí, iniciou-se uma intensa cooperação entre as polícias Civil, Federal e autoridades equatorianas, o que culminou na prisão de Gabriel Eduardo na ultima quinta-feira (11), detido em flagrante delito por violência doméstica, e na publicação dos nomes dele e também de Leticia Amanda na lista de difusão vermelha da Interpol (lista com ordens para prisões internacionais), após ter sido constatado que a ela também era suspeita pela morte de sua própria filha.

O desfecho veio na tarde deste sábado (13), com policiais federais cumprindo a ordem de prisão da equatoriana, proferida pelo Supremo Tribunal Federal, após pedido feito diretamente à corte suprema pelo Escritório Central Nacional da Interpol no Brasil.

O casal preso estava foragido da justiça do Equador há cerca de um mês em razão da suspeita pela morte da criança Mel, que, no final de setembro, deu entrada com fratura do crânio em um Pronto Socorro da cidade equatoriana de Santa Helena. Após passar 20 dias internada em estado de coma, a criança não resistiu e acabou morrendo, e o crime ganhou repercussão no Equador.

Os policiais envolvidos enalteceram o trabalho em conjunto, que contou com a participação de vários delegados e agentes das polícias Civil e Federal, além de autoridades equatorianas, e resultou na prisão de procurados internacionais, o que provavelmente não teria ocorrido sem a cooperação entre as instituições.

Agora, o casal permanecerá à disposição do STF, aguardando os trâmites do processo de extradição.