Publicado em 01/05/2020 às 00:08, Atualizado em 29/11/2022 às 23:35
Um consumidor de Nova Alvorada do Sul apresentou à CPI da Energisa um laudo do Inmetro que atestou irregularidades no medidor de consumo instalado pela concessionária. Em aferição realizada na manhã de quinta-feira (30), foi comprovado que o equipamento registrou até 30% a mais do real consumo. O deputado estadual Felipe Orro (PSDB), presidente da CPI, aponta que a situação é grave e o laudo será incorporado aos trabalhos da comissão.
O consumidor que solicitou ao Inmetro a aferição de seu relógio medidor de consumo é o jornalista Rones Cezar. Segundo ele, sua conta de luz saltou de R$ 376 em outubro do ano passado para mais de R$ 2 mil em março. Por conta do aumento injustificado, ele solicitou a aferição de seu aparelho ao Inmetro, que comprovou um registro de consumo até 30% maior que o real.
Após a emissão do laudo, o aparelho instalado pela Energisa em sua residência no município de Nova Alvorada do Sul foi lacrado e considerado reprovado. "É uma situação semelhante às que nós já colhemos ao longo da CPI, onde os consumidores contratam serviço de medição paralela e constatam diferença na medição de consumo. Este laudo do Inmetro auxiliará no andamento das investigações", explica Felipe Orro.
Por conta da pandemia do Covid-19, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa publicou o Ato 11/2020 que suspende os trabalhos da CPI da Energisa até o dia 25 de maio. No momento, a comissão já recolheu 97 relógios de consumidores que registraram queixa contra a Energisa no Procon, e o total de 200 aparelhos coletados será periciado no Departamento de Engenharia da USP São Carlos. De acordo com o presidente Felipe Orro, o cronograma de retirada dos demais aparelhos que faltam para completar a amostra de 200 relógios será definido na primeira sessão após a retomada dos trabalhos.
Por Carlos Henrique Wilhelms