Publicado em 09/09/2024 às 10:09, Atualizado em 09/09/2024 às 15:11
Polícia encontrou bois mortos dentro da piscina da fazenda
O dono de uma fazenda de 62 anos em Rio Verde, foi preso neste domingo (8), depois da morte de 268 bovinos e 716 animais serem encontrados em situação de maus-tratos, sem água e comida. Pecuarista assinou um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e foi liberado.
O flagrante de bois atolados em meio ao lamaçal ocorreu no dia 5 deste mês, quando pescadores que estavam no Rio Taquari viram os animais mortos nas margens do rio. Durante patrulhamento fluvial feito pela Polícia Militar Ambiental, foi constatado que havia 11 cabeças de bovinos atoladas e mortas à margem esquerda do Rio Taquari.
Quando os policiais entraram na fazenda, foi observado um estado extremamente caótico de abandono. O solo da propriedade não tinha pasto, e também não foi localizado água para o gado que na tentativa de descer o leito do rio, fracos, debilitados por falta de alimentação, atolavam e morriam.
Também foi encontrada grande quantidade de carcaças de rebanho espalhadas. Os policiais também notaram a destruição da área de preservação permanente através do pisoteio do gado com grande abertura e danos na APP (Área de Preservação). Os militares não conseguiram localizar o dono da fazenda.
Na fazenda, havia 984 cabeças de gado, sendo 268 mortas e 716 em situação de maus-tratos e risco iminente de morte. Segundo a polícia, os animais estavam bastante magros, debilitados, fracos, agonizantes a ponto da exposição de sua estrutura óssea, desnutridos e sem provisão de água e sal, sobretudo, da falta de feno, indisponibilidade de pasto, ou outro suplemento.
Ainda segundo informações, a sede da propriedade se encontra totalmente inabitável, em situação de abandono e depredação sem portas, sem janelas, sem cabeamento de fios com materiais domésticos e mecânicos espalhados e abandonados pelo chão. Havia também maquinários sem utilização, inclusive com gados mortos no interior da piscina e da residência.
Foi arbitrada multa de R$ 3 mil por cabeça de gado, o correspondente a R$ 2 milhões 952 mil. Em uma operação conjunta, realizaram a prisão do dono da fazenda em sua residência em Campo Grande, por praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais domésticos, bem como, por destruir, danificar ou utilizar área de preservação permanente com infringência das normas de proteção aplicando-lhe multa correspondente a R$ 5 mil todos da lei de crimes ambientais.