Publicado em 17/12/2019 às 23:42, Atualizado em 18/12/2019 às 03:48
Esta não é a primeira vez que o homem ofende o rapaz; ele será indiciado por injúria racial
Eletricista de 47 anos foi preso em flagrante por injúria racial na tarde desta terça-feira (17) após ofender um vendedor de 20 anos em loja de telefonia localizada na Rua 13 de Maio. Na delegacia, Luciano Rogério Hernandes, de 47 anos, confessou ter chamado o jovem de “macaco”.
Por volta das 13h50, policiais militares que faziam rondas na região central foram chamados para dar apoio em uma ocorrência. Chegando até a loja, eles foram informados que um cliente chegou irritado perguntando sobre um vendedor. Ele estava irritado porque a conta de telefone tinha ficado mais cara e culpava o rapaz pela mudança do plano.
Dentre as ofensas, ele chamou o vendedor de “vagabundo” e “macaco”. Outros vendedores ficaram indignados com a situação e decidiram acionar a polícia. O homem foi levado até a Depac do Centro, onde confessou o crime.
A vítima - Com a condição de não ser identificado, o jovem que sofreu a agressão verbal aceitou conversar com a reportagem. Ele disse nunca ter passado por constrangimento semelhante e lamentou o caso.
O vendedor comentou sobre o pedido para não ser fotografado ou ter o nome divulgado. “Para evitar ficar marcado por esse motivo. Ele lamentou também o fato de o eletricista não ter se desculpado em nenhum momento. “Pelo contrário, ele confirmou. Parece que com orgulho mesmo. Não disse desculpa, não era isso que eu quis dizer”.
O jovem disse ainda ter a intenção de prosseguir com a ação contra o agressor. Após o registro da ocorrência, ele declarou ter sentido “alívio porque ele está preso”.
Amigo - Outro vendedor e amigo da vítima, Fernando Farias, de 21 anos, contou que no mês passado este mesmo homem já tinha ido até o estabelecimento perguntando sobre o jovem. Na ocasião, ele também usou a expressão “macaco”, mas como a vítima não estava ele foi embora e outros resolveram esquecer a situação.
Com o retorno dele nesta terça-feira (17), eles ficaram preocupados. “É uma coisa horrível, decepcionante, mas não uma surpresa”, declarou Fernando sobre o ato de racismo.
O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.