Publicado em: 22/11/2025
Golpistas se passaram por advogado e servidor do STJ para invadir a conta bancária da vítima
Um morador da cidade de Camapuã, transferiu R$ 19,5 mil para a conta de um golpista, que se apresentou como advogado da vítima.
Segundo boletim de ocorrência, o homem tem uma ação judicial aberta contra uma seguradora. Por isso, ele não estranhou ao receber mensagens de WhatsApp dizendo que havia ganhado a causa. O golpista utilizou o nome e foto do real advogado da vítima. Assim, o homem passou a seguir os supostos procedimentos para liberação da indenização.
O golpista, então, enviou mensagem de outro número, dizendo ser servidor do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A vítima passou então a receber orientações, mensagens e ligações, desse suposto funcionário público, que também participa do golpe.
Durante ligação de vídeo entre golpista e vítima, os estelionatários solicitaram dados pessoais e bancários sob o pretexto de “verificação” e “declarações obrigatórias”, segundo o relato policial. De posse dessas informações, invadiram a conta bancária da vítima e realizaram transferências via PIX.
Os golpistas deixaram prejuízo de R$ 19.500,00, que foram transferidos diretamente para a conta bancária dos estelionatários. Eles ainda continuaram insistindo para que a vítima fizesse novas transferências, mas o homem percebeu a fraude e interrompeu o contato.
O caso foi registrado como fraude processual na 1ª delegacia de polícia de Camapuã e será investigado pela Polícia Civil.
Como se proteger
A população deve ficar atenta a sinais de alerta, como a solicitação de pagamentos sem aviso prévio, pressa ou urgência na transferência dos valores e contatos realizados por meios não oficiais.
Caso receba esse tipo de abordagem, a recomendação é não realizar nenhum pagamento sem confirmar a veracidade da informação; verificar a identidade do advogado no site da OAB nacional (https://cna.oab.org.br) e entrar em contato diretamente com o escritório citado.
Se a tentativa de golpe for identificada, a vítima deve interromper o contato imediatamente; guardar todas as provas, como prints, áudios e comprovantes de pagamento; e registrar boletim de ocorrência, presencialmente ou pela Delegacia Virtual de MS (https://delegaciavirtual.ms.gov.br).
A recorrência é tão grande, que a OAB-MS possui um canal exclusivo para denúncias do golpe do falso advogado.