Publicado em 10/06/2020 às 06:43, Atualizado em 25/11/2022 às 23:15

Homem que esfaqueou a mulher na frente da filha vai a júri popular

Crime aconteceu em maio do ano passado; agressor não aceitou quando vítima pediu divórcio

Da Redação, Por CGNews
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Fachada do prédio do Tribunal do Júri, em Campo Grande

Um técnico de fibra ótica de 40 anos vai a júri popular por ter tentado assassinar a mulher na frente da filha do casal. O crime aconteceu em maio do ano passado no bairro Jardim Santa Emília, em Campo Grande. A criança de 4 anos presenciou quando o pai tentou esfaquear a mãe. Outro filho conseguiu pedir ajuda e a vítima sobreviveu. O agressor continua preso e ainda não há data para o julgamento.

A decisão sobre o homem ir a júri popular é do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande e foi publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (8).

O magistrado aceitou a denúncia do Ministério Público de que o homem agiu por motivo fútil porque não aceitava o fim do relacionamento, além de ter dificultado a defesa da vítima. O advogado do acusado defendeu a tese de que ele não tinha a intenção de matar a vítima.

Violência - Por volta das 23h do dia 22 de maio de 2019, o técnico de fibra ótica entrou no quarto onde a mulher dormia com a filha do casa e tentou esfaqueá-la. Ele disse que mataria toda a família e, em seguida, cometeria suicídio.

A vítima tentou se defender e a faca quebrou. Outro filho do casal entrou no quarto, conseguiu resgatar a irmã e saiu de casa para pedir ajuda. O homem pegou outra faca na cozinha e desta vez conseguiu acertar a mulher. Ela foi socorrida e ele fugiu em uma motocicleta, sendo preso pouco depois do crime.

Eles estavam juntos há 15 anos e têm três filhos. O relacionamento sempre foi conturbado e marcado por agressões, mas ficou pior desde que a mulher informou que pediria o divórcio. O aviso ocorreu no dia 18 de maio, quatro dias antes da tentativa de homicídio.

O homem ainda morava na casa, mas eles estavam em quartos separados enquanto não formalizavam o divórcio.

Com informações e imagens do Campo Grande News