Publicado em 08/08/2019 às 13:54, Atualizado em 08/08/2019 às 17:57
Ele recebe atendimento psiquiátrico e, por isso, nunca foi liberado da prisão
Dyonathan Celestrino, 27 anos, conhecido nacionalmente como "Maníaco da Cruz", e responsável por cometer três assassinatos de pessoas que julgava "impuras", em Rio Brilhante, atualmente ocupa uma cela no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), no Jardim Noroeste.
O "apelido" do criminoso se deu diante das circunstâncias na qual as vítimas foram encontradas mortas, com o corpo sempre em sinal de cruz, sendo que uma delas, de 13 anos, foi encontrada seminua.
Devido à sua condição psicológica, apesar de mostrar bom comportamento, ele recebe atendimento psiquiátrico sistematicamente e não divide a cela com outros detentos. De acordo com informações da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), apenas a mãe o visita e ele não concede entrevistas já que está interditado.
Dyonathan começou uma graduação na área de gestão ambiental à distância, porém não deu sequência. Em 2013, quando foi transferido para o Presídio de Segurança Máxima, chegou a ameaçar um agente penitenciário com um garfo, no entanto, a Agepen informa que este foi o único ocorrido.
Crimes
Em 2008, Dyonathan Celestrino, à época com 16 anos, fez sua primeira vítima. O pedreiro Catalino Gardena era alcoólatra e foi morto em um terreno baldio, o corpo deixado em forma de cruz.
A segunda vítima era homossexual e morreu cerca de um mês depois. Letícia Neves de Oliveira, 22 anos, foi encontrada no cemitério da cidade, também deixada em sinal de cruz.
Além disto, uma mulher chegou a ser abordada e ameaçada pelo maníaco, porém, após ser interrogada e "julgada pura", foi liberada pelo assassino.
A adolescente Gleice Kelly da Silva, 13 anos, foi a terceira vítima, encontrada seminua, também em posição de cruz.
Após cometer o terceiro assassinato, como era menor, o maníaco foi apreendido e encaminhado para Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã, fugindo em 2013.
No entanto, acabou localizado no mesmo ano, onde foi encaminhado para o Presídio de Segurança Máxima, em Campo Grande.