Publicado em: 02/12/2025

Pai é preso por espancar o filho de 11 anos que reprovou na escola

Na delegacia, autor admitiu que “exagerou”, mas criança tem outras lesões recentes

CampoGrandeNews, Helio de Freitas
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Pai foi autuado na delegacia após espancar o filho por reprovar de ano.

Homem de 38 anos foi preso nesta terça-feira (2) em Dourados, acusado de espancar o próprio filho para castigá-lo por ter reprovado de ano. O menino, de 11 anos de idade, apresenta várias lesões nas costas, nas pernas, nos braços e na barriga.

Usando um pedaço de fio elétrico, uma vara e o chinelo, o homem golpeou o garoto com tanta violência que deixou feridas abertas com exposição do tecido interno, situação popularmente conhecida como “em carne viva”.

O crime ocorreu na segunda-feira no Jardim Guaicurus, região sul da cidade. Pai de outros dois filhos adultos, de 18 e 19 anos, o homem espancou o caçula ao descobrir que o menino vai reprovar de ano por notas baixas.

As agressões foram descobertas pela professora do garoto nesta terça-feira. Durante a aula, a educadora percebeu as lesões e perguntou ao aluno sobre o ocorrido. Inicialmente o menino não falou do que se tratava, mas depois contou que tinha sido espancado pelo pai.

A professora levou o caso ao conhecimento da direção da escola, que acionou o Conselho Tutelar. Na presença dos conselheiros, o garoto narrou as agressões praticadas pelo próprio pai como “corretivo” por reprovar de ano. A Polícia Militar foi chamada e levou o acusado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário.

Na delegacia, o homem admitiu ter espancado o filho. Alegou ter ficado “nervoso” pelo fato de o garoto tirar notas baixas e reconheceu ter “exagerado” no castigo.

Ele foi autuado em flagrante por maus-tratos e está preso. De acordo com policiais que atenderam a ocorrência, o menino apresenta outras lesões recentes, indicando que vinha sendo vítima de violência há algum tempo.

A Polícia Civil vai instaurar inquérito para investigar o caso. O nome do autor não será divulgado para preservar a identidade da vítima, como determina o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).