Publicado em 23/07/2024 às 17:08, Atualizado em 24/07/2024 às 02:10

Réu não vai a júri, mas é condenado a 12 anos por matar homem espancado

Manoel Vilas Boas Junior foi encontrado morto no dia 6 de outubro de 2021, dentro da casa onde morava

CampoGrandeNews,
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Banco dos réus vazio durante o julgamento nesta terça-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

Sem aparecer para a sessão de julgamento nesta terça-feira (23), o pedreiro Nadilson Torres Valdonado, 30 anos, foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado pela morte de Manoel Vilas Boas Junior. O crime aconteceu em outubro de 2021 e a vítima foi encontrada espancada dentro da casa onde morava no Bairro Coronel Antonino.

Nadilson foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em dezembro de 2022 por homicídio qualificado por motivo fútil. Segundo o documento, no dia 3 de outubro daquele ano, o autor deu R$ 100 para que a vítima comprasse drogas, mas Manoel não voltou com o entorpecente e não devolveu o dinheiro.

Um dia antes do crime, por volta das 20h, Nadilson foi até a casa de um casal onde ficou ingerindo bebidas alcoólicas até que a vítima apareceu. Ele questionou sobre as drogas e o dinheiro, momento em que começaram a discutir até que entraram em luta corporal. O pedreiro deu um soco no homem que caiu no chão.

Em seguida, o autor deu diversos chutes na cabeça da vítima até que foi contido por um outro homem que estava na casa. No outro dia, Manoel foi encontrado morto na casa onde morava. Nadilson confessou à polícia o crime, mas respondia ao processo em liberdade. Hoje ele não apareceu para o julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Durante o julgamento, a defesa sustentou as teses de reconhecimento de causa especial – relevante moral e domínio de violenta emoção, bem como o afastamento da qualificadora. Porém, o Conselho de Sentença não acolheu nenhuma das delas e condenou Nadilson por homicídio doloso qualificado por motivo fútil.

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida então sentenciou o pedreiro a 12 anos de prisão em regime fechado e manteve a prisão preventiva do autor que ainda não foi encontrado.