Publicado em 01/10/2020 às 08:36, Atualizado em 21/11/2022 às 19:40
Crime ocorreu em abril do ano passado no Bairro Santo Amaro, em Campo Grande
Ismael Lourival Alves dos Santos, 22 anos, que matou a tia, Ivelin Aparecida Alves dos Santos, 46 anos, a facadas em abril do ano passado, foi condenado a oito anos e sete meses de prisão. Ele foi julgado nesta quarta-feira (30) na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
O réu prestou depoimento no plenário do Tribunal do Júri, na frente do juiz Aluísio Pereira dos Santos, do defensor público Rodrigo Antônio Stochiero Silva, do Promotor de Justiça e jurados. Depois, seguindo o protocolo de biossegurança, acompanhou o restante do julgamento por videoconferência em uma das salas do Fórum.
Na época do crime, Ismael contou que matou a tia porque era "atormentado" por ela desde quando tinha 12 anos. Segundo o réu, Ivelin tinha um temperamento difícil, era muito agressiva e durante as brigas costumava arremessar sapatos e pratos de comida contra os sobrinhos.
Segundo o réu, no dia do crime ele e a tia tiveram uma discussão. Ela teria ameaçado colocar veneno na comida do sobrinho e, durante a briga, acabou morta com 24 facadas.
Horas após o assassinato, Ismael se apresentou à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ele foi preso em flagrante e autuado por feminicídio. Mas nesta quarta-feira essa qualificadora foi afastada pelos jurados.
O Conselho de Sentença considerou Ismael culpado por homicídio qualificado por meio cruel, mas acatou parte da tese de defesa e o considerou semi-imputavél, ou seja, que estava com a capacidade de compreensão reduzida quando cometeu o crime. Por conta disso, a qualificadora de violência doméstica foi afastada, assim como o aumento da pena por vulnerabilidade da vítima.
Diante da decisão, a pena inicialmente foi definida em 16 anos de reclusão, mas acabou reduzida por conta de três fatores: pela confissão de Ismael, por ele ter agido sob "violenta emoção” e pela semi-imputabilidade. Com isso, a pena caiu para oito anos e sete meses de reclusão em regime fechado.
Com informações e imagem do Campo Grande News