Publicado em 06/09/2017 às 14:56, Atualizado em 23/08/2022 às 21:23
A partir desta quarta-feira (6), a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) passa a ter acesso direto ao Cemi (Cadastro de Estações Móveis Impedidas), sistema de bloqueio de celulares supervisionado. O registro foi criado há 17 anos e já tem mais de 6,5 milhões de aparelhos cadastrado. De janeiro até agora, 9.359 celulares foram roubados ou furtados no Estado, o que significa a média de 38 ocorrências por dia. A medida vai facilitar o bloqueio de aparelhos roubados, furtados e extraviados, que poderá ser feito na própria delegacia sem passar pela operadora de celular. O convênio entre o órgão e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) foi assinado nesta manhã (6), na sede da Delegacia Geral, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
Dessa forma, o aparelho vai ficar inutilizado e não poderá ser ativado por mais nenhuma operadora. O delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, acredita que a medida vai diminuir o número de roubos e furtos de aparelhos celulares. “O sistema vai agilizar o bloqueio. Celular é muito visado, porque dependendo da marca, pode custar até R$ 3 mil”, explica.
O bloqueio já era possível, no entanto, o usuário tinha que entrar em contato com a operadora móvel e informar o número de série, chamado Imei. No entanto, a medida não impede que o aparelho seja comercializado. “Se o número de furtos e roubos não cair, a Polícia Civil vai investigar as lojas de celulares que vendem peças usadas”, afirma.
Os roubos, geralmente, acontecem nas ruas e pontos de ônibus. Os aparelhos são trocados, pelo menos na maioria das vezes, por drogas em boca de fumo. Segundo o titular da Sejusp, José Carlos Barbosa, policiais já foram treinados para fazer o bloqueio na hora. “O convênio é mais um passo importante para combater a criminalidade”. Veja em vídeo a entrevista do secretário.