Publicado em 13/11/2018 às 19:02, Atualizado em 14/11/2018 às 02:48
Entre os dias 18 e 23 de novembro acontece em Ivinhema a 15ª Edição do Festival de Cinema do Vale do Ivinhema. Este ano o tema é Liberdade, Liberdade! 130 anos de “abolição” e vai refletir sobre a participação do negro na construção do cinema brasileiro. A homenageada será Zezé Motta, grande ícone da cultura brasileira, eternizada nas lentes de Cacá Diegues como Xica da Silva. Ela estará presente com o Concerto Especial Sesc-MS Divina Saudade no dia 21. Os homenageados locais serão os integrantes da Companhia de Reis, Três Reis Magos, que mantém viva há décadas a tradição do Reisado em Ivinhema.
O Festivali é realizado pela Fundação Nelito Câmara. A curadoria é do cineasta Joel Pizzini e da curadora assistente Juliana Domingos, que selecionaram filmes premiados para a Mostra Competitiva de Longas e os Curtas para exibição. O melhor longa receberá 3 mil reais e a melhor direção, 2 mil reais. Os curtas em competição levarão 1 mil reais o primeiro colocado, 600 reais, o segundo e 400 reais o terceiro.
Entre os filmes que concorrem o Prêmio Adecoagro de Cinema estão os mineiros Temporada, de André Novais, vencedor do Festival de Brasília neste ano e Baronesa, de Juliana Antunes, grande vencedor do Festival de Tiradentes de 2018. O pernambucano Açúcar, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira e o baiano Café com canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa.
Da Bahia, vem, ainda, Bando, um filme de documentário de Lázaro Ramos e O Homem Errado de Camila de Moraes, que estará presente no Festivali. Do Rio de Janeiro vem Kabadio - O Tempo não tem pressa, anda descalço, de Daniel Leite e o filme Gilda Brasileiro - contra o esquecimento, de Roberto Manhães e Viola Scheuerer. São Paulo será representado por Correndo de atrás, de Jeferson De. E Barones. Este ano a competição conta com um filme africano, de Cabo Verde, Djon África, de João Miler Guerra e Filipa Reis. E o Mato Grosso do Sul concorre com Coisa de negro, de Israel Miranda.
Entre os curtas que serão exibidos, estão Lápis cor de pele, de Victoria Roque, 2016, RJ; Acalanto, de Arturo Sabóia, 2013, MA; A mulher da casa do arco-íris, de Gilberto Alexandre Sobrinho, 2017, SP; Eu, minha mãe e Wallace, dos Irmãos Carvalho, 2018, RJ; A máquina de moer pretos, de John Conceição, 2018, RS; Rainha, de Sabrina Fidalgo, 2016, RJ e o sul-mato-grossense Vampiros de Filipi Silveira, 2018.
O Festivali conta também com uma Mostra Competitiva de Curtas-metragens realizados por estudantes, projeto semi-finalista do prêmio Itaú-Unicef 2018, que este ano traz oito produções de Ivinhema, uma de Angélica-MS e uma de Sidrolândia-MS. Além dos filmes, haverá uma série de oficinas com Elis Regina Nogueira, Felipi Silveira, Ângelo Mariano, produtor que é ex-aluno das oficinas de áudio visual que marcaram muitas edições do festival, Sabrina Cruz e Danielle Ferreira. Os grupos da Fundação Nelito Câmara se apresentarão na homenagem ao dia da Consciência Negra.
A abertura será no domingo, 18, às 20hs no Cinelito com um cortejo da Companhia de Reis, a exibição do filme As invenções de Akins, de Ulisver Silva e um concerto de tambores com Luis Carlos Santana e o Musical Asiwajú África Brasil.
Durante o Festivali, haverá ainda Concurso de Beleza Negra e de Dança de Rua. Na noite de premiação, dia 23 de novembro, haverá a apresentação de dança-afro com Lara Morena do grupo Ilê Omo Ayê.
Os apoiadores culturais da 15ª edição do Festival de Cinema do Vale do Ivinhema são Sesc/MS, prefeitura Municipal de Ivinhema e Adecoagro e patrocínio de Irmãos Capucci e comércio local.