Publicado em 29/12/2022 às 23:08, Atualizado em 30/12/2022 às 03:35
Ricardo é idealizador da Casa Quintal Manoel de Barros
Em matéria vinculada na noite da ultima quarta-feira (28/12) no jornal nacional da rede globo, sobre a casa poeta Manoel de Barros que foi inaugurada em outubro desse ano na cidade de Campo Grande - MS, O jornalista e idealizador do museu que homenageia o grande poeta Sul-mato-grossense destacou que A Casa Poeta Manoel de Barros será um local que propõe a mostrar o lugar favorito do poeta no sofá, de onde assistia as telenovelas, ao óculos que fica na escrivaninha do escritório chamado de "Lugar de Ser Inútil".
A casa é de 1986. Com ar modernista, mas com lembranças da infância no campo de Manoel de Barros, a casa se apresenta ao público com fotos, objetos, livros e itens do próprio poeta, assim também publicou o site AgitoIvinhema.
"A casa, agora museu, pretende perpetuar o nome de Manoel de Barros. Faz mais de um ano que a gente está correndo para viabilizar a casa. O local não é grande, mas é muito preservado. Temos a sala, a cozinha o escritório do jeito que era quando Manoel estava aqui. Mantemos o ambiente doméstico que Manoel e Stella Barros viviam e também apresentamos uma narrativa de um museu casa", detalha Câmara.
Conforme o Portal Ivi Hoje pode acompanhar, já em cenário nacional, reportagem que foi reproduzida no Jornal Nacional, que pode ser conferida na integra (Clicando Aqui), a Casa onde viveu escritor Manoel de Barros virou um museu em Campo Grande. O museu guarda relíquias como a máquina de escrever e uma caderneta com o poema nunca publicado. O cômodo e o quarto se transformaram em sala imersiva, com reproduções de poemas.
"Bem-vindos à casa do poeta das coisas desimportantes". A recepção convida para um mergulho no mundo do homem que falava das coisas simples da vida.
"Todo mundo que tem contato com a poesia dele se identifica nesse sentido, assim, de conseguir olhar para as coisas e ver algo grandioso. Não grandioso no sentido pomposo, mas saber que a vida é feita de coisas pequenas e belas”, diz a designer Paula Bueno.
O local era o refúgio de um dos mais conhecidos nomes da poesia brasileira. Manoel de Barros passou os últimos 30 anos de vida na casa, em Campo Grande, ao lado da esposa, Stella, até a morte em 2014. O lugar virou museu.
"Esse espaço está vivo porque tem a memória dele em cada canto dessa casa, mas ao mesmo tempo ele não está aqui. Então, essa presença ausente, para mim, é uma coisa muito poderosa e muito forte”, diz a fotógrafa Elis Regina Nogueira.
O museu guarda relíquias: a máquina de escrever e uma caderneta com o poema nunca publicado. O cômodo se transformou em sala imersiva, assim como o quarto, com reproduções de poemas e entrevistas de Manoel, que não escondia a timidez.
"Nós temos uma biblioteca. Estamos reunindo todo trabalho escrito sobre a obra do Manoel. Temos a obra dele já, adquirida pela casa, e teses de doutorado, dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de curso. Aqui será um lugar onde os pesquisadores vão poder ter acesso a tudo que foi escrito sobre o poeta Manoel de Barros”, revela o idealizador da Casa Quintal Manoel de Barros, Ricardo Câmara.
Manoel de Barros tinha uma rotina rigorosa: acordava todos os dias às cinco da manhã, tomava guaraná natural e caminhava pelo bairro. Às sete, já estava no escritório, onde ficava até as onze, juntando palavras. Considerado o lugar mais especial da casa, lá foi escrita a maioria de seus poemas.
Dessa rotina, sobraram lápis apontados quase que até o fim. Os óculos, que ajudavam a enxergar aquilo que saltava da imaginação, continuam preservados.
"Poder olhar as coisas que ele gostava, os lugares e poder me inspirar com isso também. Acho que é muito inspirador estar aqui e entrar dentro do universo do Manoel”, compartilha a cineasta Brenda Arruda.