Publicado em 22/12/2021 às 16:01, Atualizado em 22/12/2021 às 20:08

Ivinhema - Ong Polly lança campanha; "Fogos Não", orientando sobre o mal causado por fogos de artifício com barulho

Em Ivinhema existe a Lei nº 1.772, de 01 de abril de 2020, que proibi fogos de artifício com estampido, e permitindo apenas os luminosos e silenciosos

Da Redação, Ivi Hoje, Por Juninho Nino
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Nesta semana, a ONG de animais Polly – Cães & Gatos, está lançando uma campanha informativa e educacional denominada FOGOS NÃO!, com objetivo de orientar os diversos danos motivados pelos fogos de artifício com estampido.

Por meio de flyers digitais que podem ser compartilhados nas redes sociais, a campanha chama a atenção, principalmente, dos munícipes e comerciantes da cidade de Ivinhema, que costumam soltar fogos durante todo ano para qualquer tipo de comemoração, além da queima nas festas de fim de ano.

“Nas últimas semanas, por meio das redes sociais muitas pessoas reclamaram de fogos exagerados na cidade, inclusive com relatos de pais de crianças autistas e bebês, além de donos de animais. No último réveillon, vários cachorros fugiram e se feriram devido aos rojões em Ivinhema. Há muito tempo, desde 2013, falamos sobre isso, mas muita gente ainda não tem consciência e compaixão pelo próximo”, disse Junior Nino, voluntário da ONG.

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No município existe a Lei nº 1.772, de 01 de abril de 2020, que proibi fogos de artifício com estampido, e permitindo apenas os luminosos e silenciosos no município. Acontece que até hoje não é cumprida, visto que não fala quem fiscaliza e nem onde denunciar. Além disso, a multa é muito baixa, variando de R$ 38,90 até R$ 77,80.

Nos animais, os principais problemas sofridos em decorrência do barulho de fogos de artifício são reações comportamentais como estresse e ansiedade. Muitas vezes, eles se acalmam apenas com o uso de sedativos e, quando nem assim o problema é resolvido, os danos são irreversíveis, podendo leva-los à morte. Isso acontece quando o barulho se associa ao medo, resultando em uma resposta de luta ou fuga, o que aumenta a frequência cardíaca, a vasoconstrição periférica e alterações no metabolismo da glicose.

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O barulho é mais nocivo a pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que podem ficar extremamente incomodadas, e a pessoas idosas por, em sua maioria, já possuírem doenças que as deixam mais vulneráveis a estresse e ansiedade. Pessoas com TEA apresentam uma hipersensibilidade sensorial aos estímulos do ambiente, de forma que elas escutam todos os sons de uma só vez, ocasionando uma sobrecarga a esse sentido e em crises que podem durar dias. Essa hipersensibilidade sensorial pode afetar ainda outros sentidos, como tato, paladar e visão.

Vale lembrar também que os fogos de artifício provocam ainda danos ambientais, uma vez que a queima emite poluentes significativos, aumentando a concentração de substâncias contaminantes no ar em torno de 71,6% após a finalização. Larissa Marques, presidente da entidade, informou que “apesar de sermos uma ONG de animais, vamos conscientizar que os fogos fazem mal também para autistas, idosos, enfermos, crianças e bebês”.

A ONG Polly convida você a fazer parte dessa campanha de conscientização e dizer não ao uso de fogos de artifícios em carreatas, passeatas e comemorações.

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