Publicado em 01/09/2018 às 12:12, Atualizado em 01/09/2022 às 02:49
O crime, ocorrido em 2016, foi o primeiro feminicidio registrado em MS, após a Lei ser sancionada
Após 14h de julgamento Djalma Umburana, de 48 anos, foi condenado a 19 anos, 4 meses e 22 dias de prisão, por ter agredido até a morte a sua ex-esposa, Andrea Regina Moreira Cavalcante, de 50 anos em Nova Andradina.
O crime, ocorrido em 2016, foi o primeiro feminicidio registrado em Mato Grosso do Sul, após a lei ser sancionada pela então presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Nesta sexta-feira (31), devido a repercussão do caso, o julgamento precisou ser transferido do Fórum de Nova Andradina para o plenário da Câmara de Vereadores.
Mais de 250 pessoas acompanharam o Júri e o público era composto por acadêmicos de Direito, conforme o Jardim da Nova. A Rua São José de frente à Câmara Municipal ficou interditada por motivo de segurança, assim como o entorno do prédio que teve de ser cercado por policiais militares. Djalma foi condenado por homicídio qualificado pelo feminicídio, ameaça, vias de fato e desacato.
Crime - Na noite do crime, ainda em 8 de abril, Andrea chegou de táxi na casa de Djalma pela Rua Diocelino José Ponez para pegar alguns pertences. Ela, que já tinha solicitado medida protetiva, foi recebida a chutes na cabeça pelo ex-marido.
O taxista saiu do local e acionou a Polícia Militar e uma equipe do Corpo de Bombeiros, que socorreu Andrea já em estado grave. Ela foi levada para o Hospital Regional da cidade, onde recebeu atendimento, mas devido à gravidade foi transferida para Dourados, onde morreu cinco dias depois.