Publicado em: 12/12/2025

Será? Suposta onça-pintada intriga moradores em cidade do Vale do Ivinhema

Publicação em rede social afirma que moradores teriam visto o felino apenas por imagens de câmera de segurança em Nova Andradina

Midiamax, Murilo Medeiros
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Onça-pintada no CRAS, em Campo Grande, e suposta onça em Nova Andradina (Foto: divulgação, GOVMS | reprodução, Rede Social)

Imagens de uma onça-pintada, supostamente flagrada por câmera de segurança em Mato Grosso do Sul, circulam por grupos de WhatsApp e nas redes sociais. O animal estaria andando pelo Bairro Jardim Alvorada, na cidade de Nova Andradina, na região do Vale do Ivinhema.

Publicação em rede social diz que moradores teriam visto a suposta onça apenas por imagens de câmera de segurança. O felino estaria passeando em área urbana de Nova Andradina na madrugada de quinta-feira (11).

A reportagem contactou o Corpo de Bombeiros da cidade, que informou não ter sido acionada por moradores sobre o assunto. No entanto, a corporação obteve acesso à imagem da suposta onça por meio de grupos de mensagem. “Apenas uma foto com qualidade muito baixa, nem dá para ver se é no município mesmo”, diz bombeiro de Nova Andradina.

Além disso, chama a atenção que – apesar de, supostamente, existir um vídeo que flagra o animal andando pela cidade – circula apenas uma captura de tela da filmagem, sem registros do vídeo em si.

A Polícia Militar Ambiental de Batayporã, que atende a região de Nova Andradina, não respondeu ao contato da reportagem. O espaço segue aberto.

Onça fake

Em outubro deste ano, moradores da Vila Nasser, em Campo Grande, ficaram apavorados com imagens de uma onça-pintada que estaria circulando na região. No entanto, o Jornal Midiamax encontrou o endereço onde a foto teria sido registrada e os moradores do local disseram que a imagem foi criada por meio IA (inteligência artificial).

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Supostas onças na Vila Nasser (Leitor Midiamax)

Especialistas apontam que a propagação de notícias falsas, inclusive imagens manipuladas por IA, pode ter implicações jurídicas, dependendo do dano causado e da intenção do autor.

“O Brasil ainda não tem uma lei específica que trate das fake news ou dos deepfakes, mas isso não significa que quem compartilha conteúdo falso está impune. A conduta pode ser enquadrada em crimes já previstos no Código Penal e em leis complementares, especialmente quando há prejuízo a pessoas, instituições ou à ordem pública”, afirma o advogado especialista em Direito Digital e Cybersegurança, Everton Matias.