Publicado em 25/11/2020 às 10:13, Atualizado em 25/11/2020 às 14:20
Há vários dias, Policiais Militares Ambientais de Bonito procuravam o centro do problema ambiental que causava turbidez às águas do córrego Piquitito, afluente do rio Mimoso, que também estava com turbidez, ambos afluentes do rio Formoso no município de Bonito.
Todas as propriedades rurais a montante de onde a água dos cursos d’água, que é normalmente cristalina, apresentava-se turva, com cor avermelhada, foram vistoriadas.
Nesta terça-feira (24), em uma fazenda, localizada à margem da rodovia MS-178, a 8 km da cidade foi identificada a causa do problema. O arrendatário da propriedade de 40 anos realizou o preparo inadequado do solo para agricultura, plantio de soja, e com as chuvas houve sedimentação da área plantada para uma represa, da qual escoava, atingindo as áreas protegidas de matas ciliares do córrego Piquitito, desaguando nele, seguindo para o rio Mimoso e, consequentemente, a água barrenta seguia para o rio Formoso.
Os policiais não perceberam quaisquer cuidados com a conservação do solo no local, a não ser poucas caixas de contenção, distante do que necessitava, conforme as determinações do Decreto Estadual nº 15.197 de 21 de março de 2019 determina e o infrator foi noticiado a apresentar Projeto de Manejo e Conservação de Solo e Água, de acordo coma norma.
As atividades foram paralisadas e o arrendatário, residente em Bonito, foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 124.230,00. Além da multa, que será julgada pelo órgão ambiental estadual (Imasul), os relatórios da PMA serão encaminhados ao Ministério Público e o infrator poderá responder pelo crime ambiental de degradação de área de preservação permanente e ainda deverá recuperar os danos ambientais causados.