Publicado em 13/08/2024 às 14:04, Atualizado em 13/08/2024 às 22:07
Rapaz foi baleado por vingança, mas mentiu sobre ser vítima de latrocínio
A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (13), o atirador que tentou matar um rapaz de 23 anos no dia 17 de dezembro do ano passado, no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande. A vítima chegou a mentir, afirmando ter sido baleada durante roubo, para que o suspeito pegasse uma pena mais alta, por tentativa de latrocínio. Contudo, a polícia descobriu que o crime foi motivado por vingança.
Segundo a polícia, ao prestar depoimento, a vítima sustentou que estava na frente de casa, quando foi abordada pelo criminoso que exigiu a entrega do celular e, em seguida, foi atingida pelos disparos. Sobre o autor, informou a compleição física dele, mas disse que não poderia identificá-lo, pois o local dos fatos era mal iluminado.
A partir desse contexto, a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos realizou diversas diligências para identificar o autor. "Os investigadores levantaram que o autor dos disparos era um indivíduo com vasta ficha criminal, inclusive com passagem por estupro de vulnerável, e que possuía mandado de prisão em aberto", diz nota da Polícia Civil.
O autor foi identificado e preso. "Interrogado, confessou ter atirado contra a vítima, pessoa do seu círculo de relacionamento. Todavia, negou que pretendia roubar o aparelho celular e disse que agiu por vingança. Isso porque, em 2021, ele foi alvo de tentativa de homicídio, tendo sido perfurado várias vezes no abdômen e o jovem de 23 anos estaria envolvido no crime".
Confrontado pelos policiais civis, o jovem baleado no Centro-Oeste acabou relatando que conhecia o autor dos disparos. "Além disso, confirmou a versão de tentativa de homicídio, tendo exposto que havia inventado a história do roubo do aparelho celular, uma vez que tem conhecimento que a pena por latrocínio na modalidade tentada possui uma pena alta".
Até a mãe acreditou na tentativa de latrocínio. Dois dias depois do crime, a mulher conversou com a reportagem e estava assustada com os fatos. “Ele apontou a arma pro meu filho, que só teve a reação de colocar o braço na cabeça pra proteger. Mesmo eu aqui na frente ele continuou atirando”, contou a mulher, na época do crime.