Publicado em 16/02/2019 às 04:01, Atualizado em 27/08/2022 às 21:31
Pedro Jorge Braga Cancio Junior rasgou camiseta e tentou se enforcar na grade, mas foi impedido por outros presos
Pedro Jorge Braga Cancio Junior, 29, um dos presos pelo atentado contra o empresário José Pereira Barreto, 38, tentou cometer suicídio em uma cela da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados.
No início da manhã de sexta-feira (15), Pedro rasgou uma peça de roupa e fez uma corda improvisada para tentar se enforcar, mas foi impedido por outros presos que dividiam a cela com ele.
Funcionário da vítima, Pedro era um dos motoristas da empresa de turismo Euro Tur. Natural de Maceió (AL), ele estava há dois anos em Dourados.
Há suspeita de que ele e a mulher de José Barreto, Valdirene Fiorentino da Silva de 35 anos, tivessem um caso extraconjugal. Teria partido dele a ideia para matar o empresário. Valdirene aceitou no ato, motivada pelas brigas constantes do casal, junto há 17 anos.
Foi Pedro Junior que avisou aos atiradores a hora exata em que seu patrão tinha saído da loja, no final da tarde de quarta-feira (13).
Ele ajudou o patrão a fechar a loja. Quando Barreto entrou em sua caminhonete S10 prata e saiu, Pedro ligou para o bandido contratado para disparar os tiros. “Está saindo”, avisou. No cruzamento das ruas Mato Grosso e Cuiabá, José Barreto foi alvejado com três tiros, mas sobreviveu. Ele continua internado.
Além de Pedro e Valdirene, foram presos Charles Barros de Lima Ribeiro, 21, que disparou os tiros, o piloto da moto Paulo Vitor dos Santos, 32, David Jonathan dos Santos, 29, João Paulo Alves Cardoso, 26, Leandro Alves Gonçalves, 24, que ajudaram no crime.
Leandro, Pedro e Valdirene confessam o crime. Os outros quatro negam. Pedro e a mulher negam serem amantes, mas roupas de Valdirene foram encontradas na casa de David e João Paulo. Teriam sido deixadas por Pedro quando ela fugiu de casa, na noite de sábado para domingo.
Os seis homens foram levados nesta tarde para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Valdirene vai continuar em uma cela na 1ª Delegacia de Polícia Civil até ser levada para um presídio feminino em outra cidade.