Publicado em: 19/05/2025

‘Vou beber seu sangue’: briga de vizinhas termina com facada no peito e suspeita de aborto

*Os nomes verdadeiros das envolvidas foram alterados para preservar as identidades das mesmas

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Grávida comia laranja quando foi agredida pela vizinha e teria usado faca de serra para se defender - (Imagens Ilustrativas | Freepik, Reprodução e Arquivo Midiamax)

Desentendimento entre duas vizinhas terminou com uma na delegacia e outra na Santa Casa de Campo Grande na noite deste domingo (18). A briga teria começado por volta das 19h, no bairro Jardim Tarumã, em Campo Grande (MS), quando Laura* teve uma discussão acalorada com Samira*, em frente à casa da segunda.

De acordo com o boletim de ocorrência, após a exaltação de ânimos entre as duas partes, Laura* retornou para casa. Pouco tempo depois, quando estava com uma filha no colo e comendo laranja, ela teve seu imóvel invadido por Samira*, que quebrou o portão e a porta da residência e começou a agredi-la fisicamente com chutes e porradas.

Além das agressões físicas, Samira* também teria dito à Laura* que iria matá-la para “beber seu sangue e de sua filha”. Diante da situação, em sua defesa, Laura* então pegou a faca de serra que usava para cortar a laranja e feriu Samira* no seio direito.

Com a facada, Samira* parou as agressões, mas conseguiu atear fogo nos pertences de Laura* usando um isqueiro. Em seguida, Samira* voltou para a própria casa e continuou gritando ameaças, dizendo ser do PCC e que iria falar com conhecidos para matarem a vizinha.

Em sua versão, Samira* disse à polícia que Laura* foi até a frente de sua casa e lhe esfaqueou no seio. Ela também alega que o incêndio na casa de Laura* foi provocado pela própria vizinha. Porém, ouvida pelas autoridades, a mãe de Samira* declarou ter testemunhado tudo e afirmou que a versão de Laura* é a verdadeira.

Agravamento de saúde e suspeita de aborto

De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais chamaram o socorro para atender o ferimento no seio de Samira*, mas ela recusou qualquer ajuda médica. Diante disso, as duas foram conduzidas para a delegacia.

No entanto, Laura* está gravida de três meses e passou mal com sangramento devido aos fatos relatados. Após o encaminhamento das partes para a delegacia, ela teve seu quadro de saúde e gestação agravados e deu entrada na Santa Casa com suspeita de aborto.

O caso foi registrado como lesão corporal dolosa, dano, ameaça e lesão corporal de natureza grave se resultar aceleração de parto.

*Os nomes reais das envolvidas foram alterados para preservar as identidades das mesmas.