Chegou a 100 o numero de pessoas mortas pela gripe este ano em Mato Grosso do Sul, segundo dados epidemiológicos da SES (Secretaria do Estado de Saúde) divulgados nesta semana. O número é 14 vezes maior que em 2015, quando foram registradas sete mortes.
Segundo o boletim, a gripe H1N1, também chamada gripe A ou gripe suína, foi responsável por 94 mortes no Estado em 2016. Outras cinco pessoas morreram vítimas de Influenza B e uma pelo Influenza A não subtipado.
Ainda conforme a SES, a gripe matou pacientes em 33 dos 79 municípios do Estado. Em Campo Grande, 31 pessoas morreram. Naviraí– é a segunda cidade com maior número de óbitos, sete.
Em relação ao número de casos, o balanço do órgão estadual mostra 879 confirmações de casos de gripo A. Do total confirmado, 210 são em Campo Grande.
Também pelos dados da SES é possívle observar que o mês de junho concentrou o maior número de registros, 468. Em outubro, por exemplo, aparecem 11.
Epidemia - Este foi o ano que a gripe mais matou em Mato Grosso do Sul, segundo dados levantados desde 2009, quando houve a pandemia da doença. Em 2014, o ano que tinha o recorde de óbitos até então, 29 pessoas morreram.
A maioria das vítimas deste ano tem mais de 60 anos (29%), seguidos por doentes cardiovasculares crônicos (19%) e portadores de diabetes mellitus (16%).
Além disso, neste ano, já foram confirmados 879 casos de A/ H1N1, 159 de influenza B, oito pessoas tiveram H3N2 e três influenza A não subtipado, no Estado.
Vacina – A vacina contra a gripe ainda está disponível em dez postos de saúde de Campo Grande. Os integrantes dos grupos de risco que ainda não se vacinaram devem procurar as UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família) e UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
Podem ser imunizados na rede pública crianças, idosos, portadores de doenças crônicas, trabalhadores da saúde e indígenas.
Mutação do vírus – Pela primeira vez, desde 2010, a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomendou mudanças na fabricação da vacina contra a gripe H1N1. Isto porque foi identificada uma mutação no vírus A, obrigado a uma reformulação a partir de 2017.