Publicado em 15/05/2020 às 00:37, Atualizado em 07/01/2023 às 22:18
Na fronteira, carga custou cerca de R$ 10 milhões, mas valor final seria dez vezes maior se droga chegasse a países europeus
Pesou 445 quilos a carga de cocaína apreendida nesta quinta-feira (14) por policiais rodoviários federais na MS-166, na região entre os municípios de Bela Vista e Antônio João, na fronteira com o Paraguai. Os tabletes da droga estavam no fundo falso da carroceria da carreta Scania bitrem carregada com soja, conduzida por Volnei Aparecido Martins, 53, morador na Vila Industrial, em Dourados.
Avaliado em R$ 10 milhões na Linha Internacional, o carregamento tinha como destino final países europeus, onde renderia pelo menos 13,5 milhões de euros. Levando em conta a cotação do euro a R$ 6,30, o faturamento da quadrilha chegaria a quase 90 milhões de reais. A droga foi descoberta por agentes da delegacia da PRF (Polícia Rodoviária Federal), campeã nacional em apreensões de cocaína.
Volnei Martins disse que levaria o carregamento lícito de soja até Rolândia (PR), onde pegaria outra carga legal para levar a Santos (SP). O objetivo era chegar com a droga ao porto no litoral paulista, onde a cocaína seria escondida em containers e enviada de navio para a Europa.
Ele afirmou que ganharia R$ 10 mil pelo serviço, mas é comum os motoristas do tráfico esconderem o verdadeiro valor pago pelo transporte de grandes carregamentos de droga. Estima-se que o pagamento neste caso chegasse aos R$ 50 mil.
De alto grau de pureza, a cocaína estava em tabletes identificados com adesivo da fabricante alemã de carros esportivos Porsche. Marcar os tabletes com adesivos é outra tática bastante comum adotada pelas quadrilhas que atuam na fronteira com o Paraguai, para atestar a procedência da droga.
Com imagem e informações do Campo Grande News
