Publicado em 13/01/2020 às 17:43, Atualizado em 07/01/2023 às 21:17
Em todo o Brasil, 97,31% de 1.599 cidades lidam com este problema
Uma das principais rotas do tráfico de drogas por estar na faixa de fronteira, Mato Grosso do Sul enfrenta problemas graves com o crack, subproduto da cocaína, em pelo menos dez municípios. Conforme pesquisa da CNM (Confederação Nacional de Municípios) divulgada nesta segunda-feira (13), em todo o Brasil, 97,31% de 1.599 cidades lidam com o mesmo cenário.
Conforme o levantamento, 87,3% dos municípios pesquisados no país são de pequeno porte, o que chama a atenção para o problema, uma vez que não apenas grandes centros sofrem com o avanço das drogas. No estado, de 33 cidades pesquisadas, o índice de consumo de crack é considerado alto em Campo Grande, Água Clara, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Itaquiraí, Paranaíba, São Gabriel do Oeste e Três lagoas.
Já em Amambaí, Camapuã, Cassilândia, Coxim, Deodápolis, Fátima do Sul, Japorã, Jardim, Maracaju, Novo Horizonte do Sul, Pedro Gomes, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Sete Quedas, o índice é médio. Por outro lado, é baixo em Corumbá, Jateí, Nioaque e Terenos e não há registro de problemas em Bodoquena e Jaraguari.
O presidente da CNM, Glademir Aroldi, destaca que o alcance das drogas nos municípios menores esbarra ainda na falta de recursos para enfrentar a temática. “Não é possível ter um Caps em todas as cidades. Por isso, precisamos de serviços regionalizados, com apoio da União e dos Estados também', opina.
Segundo o estudo, 50,16% das gestões que responderam à pesquisa desenvolvem ações com recurso próprio. Além disso, apenas 28,72% possuem Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que prestam serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, constituído por equipe multiprofissional. As principais áreas afetadas pelo uso de drogas são saúde (67,92%), segurança (61,48%), assistência Social (60,48%) e educação (56,47%).
Quanto ao nível dos problemas causados pela consumo e circulação de drogas, 49,73% apontaram que o nível é médio ante 36,24% que acham o nível alto e 13,68% que indicaram nível baixo. A situação é analisada e classificada pelos gestores na pesquisa com base em suas próprias percepções. Portanto, não há números delimitando os níveis. Na análise da situação apenas em relação ao crack, 46,99% veem nível médio de problema, 29,94%, nível alto e 20,79% nível baixo.
Com imagem e informações do Midiamax