Publicado em 06/12/2020 às 12:15, Atualizado em 06/12/2020 às 15:18

Empresas vencem leilão e vão procurar gás natural em municípios do norte e leste de MS

Eneva e Enauta Energia pagaram R$ 2,11 milhões para buscar o combustível em faixa que se estende de Cassilândia a Ivinhema

Da Redação, Ivi Hoje, Midiamax
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Eneva e Enauta pagarão R$ 2,11 milhões para explorar viabilidade de campos de gás em MS. (Imagem: Divulgação)

Mato Grosso do Sul tem a possibilidade de entrar na rota de produção de gás natural, caso os blocos de exploração localizados no Estado se mostrem, de fato, produtivos. Um consórcio de empresas arrematou nesta sexta-feira (4) 4 blocos exploratórios em sessão pública da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) realizada no Rio de Janeiro.

Atualmente, o gás natural que rende dividendos ao Estado vem da Bolívia, e os valores não se devem à exploração, mas sim ao recolhimento de ICMS pelo trânsito no gasoduto Bolívia-Brasil. Caso se mostrem viáveis, os campos de exploração abrirão perspectivas sobre uma nova matriz energética.

O leilão da ANP resultou no arremate de 17 blocos nas bacias de Amazonas, Campos, Espírito Santo, Paraná, Potiguar e Tucano. Os 4 blocos em 2 setores da bacia do Paraná, entre Mato Grosso do Sul e Goiás, foram arrematados por R$ 2,11 milhões pelas empresas Eneva e Enauta Energia. A assinatura dos contratos deve ocorrer até 30 de junho de 2021.

Os blocos negociados foram agrupados em dois setores. No SPAR-CN estão os intitulados PART-196, que abrange os municípios de Bataguassu, Anaurilândia e Santa Rita do Pardo; e PART-215, que se estende por Ivinhema, Angélica, Batayporã, Novo Horizonte do Sul e Nova Andradina.

No setor SPAR-N estão os blocos PART-86, entre Cassilândia e Chapadão do Sul; e PART-99, entre Paraíso das Águas e Camapuã.

“O consórcio que arrematou os quatro blocos tem agora um período de 2 anos para a realização de estudos exploratórios mais aprofundados e definição do tipo de investimento a ser realizado”, explicou, via assessoria, o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Os R$ 2,11 milhões são apenas parte do investimento que as empresas devem realizar na busca por gás, que pode chegar a R$ 45,28 milhões.

Ainda nesta sexta-feira, a Eneva emitiu comunicado ao mercado informando que os novos ativos se integram ao portfólio da companhia, que já tem 45.784 km² concedidos nas bacias do Paranaíba e Amazonas em blocos exploratórios, áreas de desenvolvimento e 10 campos comerciais.

Em setembro de 2017, a Petrobras arrematou bloco da Bacia do Paraná, em Mato Grosso do Sul, para exploração de petróleo e gás natural. A estatal pagou R$ 1,69 milhão no leilão realizado hoje pela ANP e se comprometeu a investir pelo menos R$ 20,5 milhões após a conclusão de estudos exploratórios.