Publicado em 26/12/2019 às 11:43, Atualizado em 07/01/2023 às 21:06

Médico destaca ações que podem evitar acidentes com escorpiões

Menina de 6 anos foi picada por animal e está internada na UTI do Hospital Regional de Campo Grande

Da Redação, Correio do Estado
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Mãe da criança levou para UPA exemplar que picou a filha. Foto: (Divulgação/Civitox)

O médico toxicologista Sandro Benites, do Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox) alerta para cuidados que devem ser tomados em casa e evitam acidentes com escorpião. No dia 24 de dezembro uma menina de 6 ano foi picada por um deles e está internada no Hospital Regional. Até ontem (25) seu quadro clínico era considerado grave.

De acordo com o profissional da Saúde, para evitar que este tipo de animal apareça em casa é necessário manter o terreno limpo, principalmente en caso de entulhos ou materiais de construção, utilizar ralos com tampa ou então telas. “As pessoas que moram em bairros com alta incidência do animal precisam tomar ainda mais cuidado. Afastar o berço ou a cama da parede, chacoalhar as roupas antes de vestir, principalmente das crianças, os sapatos também. Utilizar água sanitária na limpeza também afasta o animal”, destacou.

Segundo Benites, o aumento de casos envolvendo escorpiões ocorre por conta da canalização dos córregos e da facilidade que o animal tem em se adaptar ao ambiente urbano. “O predador natural do escorpião são os pássaros, mas com o córregos canalizados eles se proliferam mais rápido e perdem o seu predador. Não é só em Campo Grande que aumento o número de acidente, mas é a nível Brasil”.

O médico destaca que em casos de crianças picadas pelo animal o risco é ainda maior. “A prevenção é sempre a medida mais eficiente para evitar o acidente. A espécie e a idade do escorpião contam muito para a intensidade do ataque em criança é muito grave”.

Socorro

A menina de 6 anos que foi picada na véspera de Natal, mesmo sendo um caso grave, teve a sorte de ter um socorro imediato. Quando percebeu o que havia ocorrido a mãe da criança procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e posteriormente foi transferida para o Hospital Regional. “O socorro foi muito rápido, o médico [da UPA] me ligou e eu já orientei transferir para o Regional. Ela chegou consciente no hospital, mas logo depois entrou em coma”, contou o especialista.

Ainda de acordo com o médico, a ação rápida da mãe da criança colaborou. “A mãe na hora buscou uma unidade de saúde e levou o animal, o que ajudou bastante na hora”.

A criança tomou o dobro da dose do soro antídoto para o veneno do animal. “Ela está em um estado extremamente grave e delicado e não saiu do risco. A chance de sobrevivência aumenta a cada hora que passa”, ressaltou o médico.

Ligue para o Civitox para, orientação, conduta, em toxicologia clínica, e notificação, pelos telefones 0800 722 6001, (67) 3386-8655 ou 150. Por Correio do Estado