Publicado em 14/10/2020 às 09:36, Atualizado em 14/10/2020 às 13:40
Animal recebia tratamento inédito no estado, com uma técnica que utiliza de couro de tilápia e placenta de cavalos para reconstituição da pele
O tamanduá-bandeira que teve as quatro patas queimadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul e que estava recebendo tratamento inédito no estado, com uma técnica que utiliza de couro de tilápia e placenta de cavalos para reconstituição da pele, morreu neste domingo (11).
O animal não resistiu aos ferimentos considerados graves.
O tamanduá foi ferido na região do Passo do Lontra e estava sendo atendimento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) de Campo Grande, em parceria com um empresa especializada.
A técnica que estava sendo utilizada, já é usada em humanos e reconhecida pelos bons resultados.
O tamanduá era tratado há 2 dias, desde que chegou ao Cras, no dia 9 de outubro. As biomembranas foram aplicadas nas quatro patas, sendo a pele de tilápia nas patas dianteiras e a placenta do cavalo nas patas traseiras.
De acordo com médica veterinária, Ana Eliza Silveira, a estratégia levou em consideração as características da lesão de cada pata.
"A pele da tilápia é rica em colágeno, tem boa resistência e se usa muito na medicina humana para recuperação de queimados. Em animais silvestres está sendo por apresentar condições favoráveis para a boa recuperação do animal. A placenta equina ajuda na cicatrização e crescimento das células da pele, além de proteger o ferimento", destaca.