Publicado em 24/06/2020 às 18:39, Atualizado em 07/01/2023 às 23:37
Praga que devastou plantações no país que faz fronteira com MS não deu sinais de deslocamento na direção do Estado
Mato Grosso do Sul está de olho em nuvens de gafanhotos que devastaram plantações no Paraguai. Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o país vizinho tem comunicado a situação diariamente ao Ministério da Agricultura e há sim preocupação, mas por enquanto os 9 focos do lado de lá da fronteira estão estacionados e seguem sendo monitorados.
Verruck afirma que apesar de uma das nuvens estar próximo ao limite territorial do Paraguai com Mato Grosso do Sul, hoje não há risco de a praga chegar ao Estado. “O que podemos fazer neste momento é monitorar, temos pontos de controle na fronteira. Podem se movimentar para cá ou não, depende de condições climáticas e outros fatores. Mas, por enquanto, os focos estão estacionados”, explica o secretário.
Está marcada reunião técnica para esta quinta-feira. Os profissionais do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) em Mato Grosso do Sul, Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul) vão debater quais as melhores formas de combater a praga caso ela chegue ao Estado. “O que estamos discutindo é como afetaria pastos e lavouras, e que tipo de agrotóxicos serão mais eficientes”.
O secretário afirmou ainda que Mato Grosso do Sul e também o Rio Grande do Sul, por conta da fronteira com a Argentina, reforçaram a vigilância. A informação é que uma das nuvens que está na Argentina chegou hoje a ponto a 130 km da fronteira com o Brasil.
Ontem (23), a ministra da Agricultura, Teresa Cristina (DEM-MS), informou que a pasta montou um planejamento para acompanhar a praga. “Montamos já um plano de monitoramento para acompanhar o deslocamento desses gafanhotos. A gente espera que eles não cheguem ao Brasil, mas todas as ações que podem ser tomadas já têm um grupo de acompanhamento e as ações que podem ser implementadas caso isso aconteça”, disse em vídeo postado no Twitter.
Com imagem e informações do Campo Grande News