Publicado em 27/03/2023 às 21:47, Atualizado em 28/03/2023 às 02:09

P C conclui Investigação sobre briga em família que terminou com triplo homicídio e indicia trio em Anaurilândia

Briga terminou com três pessoas mortas, sendo todos da mesma família; uma mulher e um homem foram presos e outro seguia foragido

Redação,Ivi Hoje, PC-MS
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Três pessoas foram mortas após desentendimento em Anaurilândia. Foto: (Elenize Oliveira)

A Polícia Civil de Anaurilândia finalizou na ultima sexta-feira (24/03) as investigações referentes ao triplo homicídio ocorrido no Assentamento Barreiro no dia 26 de janeiro deste ano, em que foram vítimas três homens, sendo um de 57 anos, e dois com 36 anos de idade, após uma briga envolvendo familiares em um Bar.

Durante o atendimento do local de crime e obtenção das primeiras informações, a Polícia Civil identificou dois cadáveres caídos ao solo, sendo que ambos estavam com perfurações aparentes de faca e projétil de arma de fogo e uma das vítimas com a face deformada em razão de graves lesões.

Conforme apurado preliminarmente no dia pela Polícia Civil, uma das vítimas localizadas, Naldo, de 36 anos, estaria portando uma arma de fogo tipo espingarda, em um bar do assentamento. Em determinado momento, houve uma briga e a pessoa de Deci, de 37 anos, tentou pegar a arma de fogo de Naldo, dizendo que iria entregá-la a polícia, momento em que a mulher B. B. M. D., esposa de Naldo, tentou impedir, vindo a agredir Deci, iniciando-se uma briga generalizada entre os citados e mais a pessoa de Paulo, de 37 anos, sendo que Deci e Paulo teriam sido agredidos violentamente por Naldo, o qual se apossou de duas facas e desferiu facadas contra Deci e Paulo, deixando-os caídos ao solo, tendo sido auxiliado por sua esposa B.B.M.D, a qual foi autuada no dia em flagrante delito.

Acontece que, após as facadas, compareceu no local o irmão da vitima Deci, a pessoa de J. A. G. D., de 50 anos de idade, armado com uma espingarda calibre ponto38 e se deparou com seu irmão caído ao solo.

Neste momento, percebeu que Naldo estava saído do bar com as duas facas em mãos investindo contra J. A. G. D., o qual então efetuou vários disparos contra Naldo, atingindo-o na barriga e no tórax, sendo então J. A. G. D. autuado por Homicídio e Porte Ilegal de Arma de Fogo.

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Após matar dois parentes, homem foi morto por irmão de uma das vítimas. (Foto: Reprodução/ Cenário MS)

Durante as diligências investigativas, elucidou-se a participação de um terceiro envolvido no homicídio de Deci, uma vez que as graves lesões identificadas na cabeça da vítima não foram praticada por Naldo e nem por sua esposa, mas, sim, pela pessoa identificada como M. V. S. C., amigo de Naldo, o qual, ao ver seu amigo morto, aproveitou-se do momento em que estava no local apenas B. B. M. D., pois J. A. G. D. havia ido buscar ajuda para seu irmão que ainda estava vivo, e foi até Deci e, mediante pisadas, causou traumatismo crânio-encefálico na vítima, o que foi, segundo o exame necroscópico, causa efetiva de sua morte.

A Polícia Civil então representou pela prisão preventiva de M. V. S. C., obtendo-se êxito em prendê-lo no dia 7 de março do corrente ano, oportunidade em que o, interrogado, acabou confessando o delito, alegando, contudo, que Deci já estaria morto quando das pisadas e que teria tido tal atitude em razão de ver seu amigo Naldo sem vida.

Após a realização das diligências policiais, oitivas de testemunhas, exames periciais pela equipe técnica de perícias e médico legista, foi possível constatar indícios idôneos do envolvimento de B. B. M. D., de 24 anos, bem como de M. V. S. C., de 33 anos, nos homicídios de Deci e Paulo, bem como de J. A. G. D., de 50 anos, no homicídio de Naldo, bem como de porte ilegal de arma de fogo, sendo que foram indiciados pela Autoridade Policial.

O Inquérito Policial foi encaminhado ao Poder Judiciário, a fim de que o Ministério Público aprecie as medidas de persecuções criminais a serem adotadas e os elementos de informações produzidos. Foi também encaminhado um pedido pela Autoridade Policial de conversão da prisão temporária em prisão preventiva da indiciada B. B. M. D., e a manutenção da prisão de M. V. S. C.