Publicado em 09/03/2022 às 10:42, Atualizado em 09/03/2022 às 14:47
Mandados de busca e de prisão temporária estão sendo cumpridos em Ponta Porã e duas cidades do PR
Mais uma organização criminosa que explora o tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai é alvo de outra operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (9). A Operação Chupim cumpre mandados de busca e de prisão temporária em Ponta Porã e nas cidades de Londrina e Cambé, no Paraná.
A quadrilha ficou conhecida por esconder drogas em meio a cargas lícitas que deixam a fronteira com destino aos grandes centros urbanos do País sem o conhecimento dos motoristas.
A organização é responsável pela logística de escoamento de grandes quantidades de drogas embarcadas na região de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã.
Segundo a PF, a investigação teve início em setembro de 2021, a partir da apreensão, em Ponta Porã, de caminhão carregado com pelo menos uma tonelada de maconha.
A sofisticada logística montada pela quadrilha ludibriou o motorista do caminhão. Ele não sabia da droga oculta em compartimento preparado em meio à carga lícita de outros produtos.
Os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária contra os responsáveis em operacionalizar o esquema criminoso foram expedidos pela Justiça Federal em Ponta Porã. A PF ainda não divulgou o balanço da operação. Em um dos endereços, um revólver calibre 38 municiado foi apreendido.
Conforme a Polícia Federal, o nome de batismo da operação é alusão ao esquema empregado pela organização criminosa, que cooptou o motorista através de anúncio em aplicativo de agenciamentos de cargas pela internet.
Além do anúncio em aplicativo de fretes pela internet, a quadrilha abriu empresas de fachada para embarcar as cargas lícitas com drogas ocultas e outras artimanhas para enganar o motorista.
Assim como o pássaro chupim, conhecido por colocar seus ovos para que outros pássaros criem seus filhotes, a organização introduziu a droga em meio a cargas lícitas, sem o conhecimento do motorista, segundo a PF.