Publicado em 08/04/2023 às 14:40, Atualizado em 08/04/2023 às 18:44

Sem planos para novas ocupações, MST promete “Abril Vermelho” pacífico em MS

Única programação do movimento para o mês é a reabertura de loja com produtos orgânicos

CGNews, Jhefferson Gamarra e Lucia Morel
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Membros do MST em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/MST-MS)

O chamado “Abril Vermelho' é uma tradição do MST (Movimento Sem Terra) que marca a data do massacre de Eldorado do Carajás (PA), conflito ocorrido em 17 de abril de 1996, quando 19 sem-terra foram mortos pela Polícia Militar. No mês, são realizadas diversas ações pelo grupo, como novas ocupações de terra em todo o Brasil.

Neste ano, a primeira invasão do Abril Vermelho do MST ocorreu no dia 3 de abril, onde um grupo de 250 sem-terra ocupou uma área de 800 hectares no município de Timbaúba, em Pernambuco.

Ao contrário do ocorrido no nordeste, o Abril Vermelho em Mato Grosso do Sul promete ser pacífico. De acordo com Zeca Medeiros, um dos dirigentes do movimento no Estado, não há nenhum tipo de ocupação programada em alusão ao mês. A única programação do movimento será festiva, com a reabertura do Armazém do Campo em Campo Grande.

Assim como os demais estabelecimentos da rede, o Armazém do Campo da Capital será abastecido com produtos oriundos das áreas de reforma agrária de produtores da região. A iniciativa do Movimento Sem Terra através dos armazéns é ofertar alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, agroecológicos e orgânicos a preço justo e diretamente ao consumidor.

A abertura da loja física do Armazém do Campo está marcada para o sábado (8) a partir das 19h. O armazém está localizado na Rua Juruena, 309 – Vila Taquarussu.

Ocupações em MS – Sem previsões de novos locais, aos menos sete acampamentos estão ativos e recebendo novos integrantes no Estado e as iniciativas tem como objetivo o cadastramento de pessoas e famílias no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) mantém três: um em Ponta Porã, na MS-164 perto do Assentamento Itamarati; um no distrito de Nova Casa Verde, em Nova Andradina; e mais um em Japorã.

Pela Liga Camponesa Urbana do Brasil também são três as áreas onde famílias permanecem acampadas, sendo uma em Campo Grande, na MS-010, saída para Rochedo; outra no distrito de Quebra Coco em Sidrolândia; e mais uma em Terenos, na Reserva Canindé.

No anel viário de Campo Grande entre a BR-262 e a BR-060, no extremo sul da cidade, no Bairro Los Angeles, também há um acampamento do chamado Movimento MLP.

Com imagem e informações do Campo Grande News