Publicado em 20/10/2021 às 11:18, Atualizado em 14/09/2022 às 00:48
A vítima que seria amante do acusado foi morta no dia 28 de abril deste ano
O advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, que foi indiciado pelo assassinato de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, foi solto mediante uso de tornozeleira eletrônica, na terça-feira (19) na capital do estado, onde estava preso.
Conforme o apurado pela reportagem, Alexandre estava custodiado no Presídio Militar de Campo Grande.
Preso desde maio deste ano, advogado, chegou a ser levado para o hospital Cassems de Nova Andradina, após passar mal na delegacia. O advogado ficou preso por quase seis meses.
Femicídio - O corpo de Fernanda Daniele Santos foi encontrado no dia 29 de abril, por volta das 6h20, em plantação de milho perto da MS-276, entre Nova Andradina e Batayporã. Fernanda foi degolada e o corpo arrastado para o local.
A polícia chegou até o advogado depois de encontrar prints de conversas dele com Fernanda armazenadas no notebook da vítima.
O processo tramita em sigilo absoluto e denúncia do MPE-MS (Ministério Público Estadual) de Mato Grosso do Sul. Na exposição dos fatos a partir do inquérito policial, a acusação aponta que Alexandre matou a namorada Fernanda utilizando uma arma branca no dia 28 de abril, entre 18h30 e 19h30.
O crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, inclusive se prevalecendo da condição de namorado para a prática do crime. A investigação policial apurou nas conversas obtidas em um dos celulares de Alexandre que ele e a vítima marcaram um encontro naquele dia.
Após o feminicídio, Alexandre ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. Para o Ministério Público, o advogado ainda inovou artificiosamente, alterando o estado de pessoa e coisas, com fim de induzir ao erro juiz e perito.
Isso, porque ficou claro nas investigações que Alexandre tentou criar um falso álibi, enviando mensagens para Fernanda após ter cometido o crime. Também tentou limpar o carro usado no momento do feminicídio e trocou de roupas.