Publicado em 25/02/2020 às 20:39, Atualizado em 06/12/2022 às 22:53
Leo Veras era dono do site Porã News
Apontado pela polícia Paraguaia como um dos atiradores que executaram o jornalista Leo Veras, no último dia 12, Waldemar Pereira Rivas, o “Cachorrão”, negou envolvimento com o crime. Em entrevista à rádio Futura FM de Pedro Juan Caballero, nesta terça-feira (25), Rivas disse que era amigo próximo do jornalista e de sua família.
O áudio da entrevista foi compartilhado em grupos de WhatsApp na região de fronteira e nele, o suspeito até pede para que as autoridades “perguntem para a Cíntia”, esposa de Léo Veras, sobre a relação dele com os familiares do jornalista. A reportagem apurou que a gravação, inclusive, circulou em grupo do qual a viúva faz parte, mas ela não se manifestou sobre a afirmação.
A irmã de “Cachorrão”, Cintia Raquel Pereira Leite, foi uma das dez pessoas presas no último sábado (22), suspeitas de participação na execução. Ela teria dirigido o Jeep Renegade usado pelos atiradores que mataram Leo Veras.
Quem apontou o suposto envolvimento de cachorrão na execução do jornalista foi o comissário Gilberto Fleitas, chefe do departamento contra o crime organizado da Polícia Nacional, em entrevista à rádio ABC Cardinal, de Assunção, nesta última segunda-feira (24). No Brasil, “Cachorrão” está condenado a 17 anos de prisão e é apontado como dono de vários desmanches de carros roubados em Pedro Juan Caballero.
Já o mandante da execução seria Ederson Salinas Benítez, que está preso. Segundo o comissário, a suspeita é que jornalista tenha alertado policiais brasileiros que o bandido usava documento falso no momento em que foi preso por parte de arma durante a briga de trânsito. Ao todo, nove homens e uma mulher foram presos, sendo seis paraguaios, três brasileiros e um boliviano, suspeitos de envolvimento na morte do jornalista.
O caso – Leo Veras jantava com a família por volta de 20h de quarta-feira (12), em Pedro Juan, quando três pistoleiros encapuzados invadiram a casa no Jardim Aurora e o atingiram com vários tiros de pistola 9 milímetros e fuzil. Os bandidos fugiram no mesmo carro que usaram para chegar ao local, um Jeep Cherokee branco. Leo chegou a ser levado para um hospital particular em Pedro Juan Caballero, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Nacional diz ter cinco frentes de investigação para tentar prender mandantes e os pistoleiros que executaram o jornalista. Quatro promotores enviados de Assunção pela Procuradoria-Geral de Justiça se juntaram ao promotor de Pedro Juan Caballero Marco Amarilla, para comandar a força-tarefa que tenta prender os matadores de Leo Veras.
Credito: Campo Grande News