Uma enfermeira de 23 anos foi agredida a socos e xingada durante um atendimento em uma unidade de saúde na cidade da Água Clara, neste fim de semana. O Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) emitiu nota sobre o caso.
O caso aconteceu no domingo (11) e, segundo informações da enfermeira agredida, a mãe da adolescente havia chegado ao hospital solicitando atendimento para sua filha, que estaria passando mal. Momento em que pediu para a mulher abrir a ficha de atendimento.
Nesse momento, ela se exaltou e passou a ameaçar a enfermeira, dizendo: “inútil, vagabunda, vou quebrar sua cara aqui dentro, pode chamar a polícia”. Em seguida, foi solicitada a presença da polícia no local.
Ao chegar ao hospital, a equipe encontrou a adolescente já recebendo medicação. Ao perguntar à mulher o que havia ocorrido, ela explicou que sua filha tem problemas cardíacos e realiza acompanhamento médico anual. No entanto, naquele dia, a menina passou mal e foi encaminhada ao hospital.
Ainda segundo a mulher, ao solicitar socorro, a enfermeira informou que o atendimento só seria realizado após o preenchimento da ficha, e que ela havia aguardado. Em seguida, aconteceu a confusão. Quando foi solicitado a mulher que acompanhasse a polícia até a delegacia para esclarecimentos, ela correu em direção à enfermeira e deu um soco no rosto da vítima.
“Vou para a delegacia, mas por uma boa razão. Vou te pegar lá fora”, disse a mulher. O Coren emitiu nota sobre o caso. Confira a nota na íntegra:
“O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS) manifesta forte indignação e repudia o ato de violência ocorrido na noite de sábado (11), no Hospital Municipal de Água Clara-MS, onde uma enfermeira foi agredida covardemente durante seu labor. A ação de uma mulher de 39 anos, que deu um soco no rosto da profissional, é inaceitável e representa um grosseiro desrespeito não somente a enfermeira, mas aos profissionais de saúde que dedicam suas vidas ao cuidado e à preservação da saúde humana.
Os profissionais da enfermagem, ao fazer o juramento de dedicar as suas vidas ao serviço da humanidade, se comprometem a agir com consciência, integridade e profundo respeito pela dignidade humana. Exigimos, portanto, que todos os cidadãos respeitem este compromisso de forma equânime, independentemente das circunstâncias.
O atendimento, que muitas vezes se dá em situações de extrema vulnerabilidade, não pode ser cenário de ameaças e agressões. É fundamental destacar que o desacato a funcionários públicos, especialmente em ambientes de saúde, constitui não apenas uma ofensa à honra do profissional, mas também à administração pública como um todo, sendo um crime passível de detenção, conforme previsto no Art. 331 do Código Penal.
Reiteramos nosso repúdio e manifestamos nosso apoio incondicional à enfermeira agredida e a todos os profissionais de saúde. Pedimos que as autoridades competentes tomem as devidas providências para que atos de violência como este não se repitam. A integridade física e psicológica dos profissionais de saúde deve ser preservada, para que possam continuar a desempenhar seu papel fundamental na sociedade com segurança e dignidade.”
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