A família de Querino Antônio da Conceição, de 81 anos, que morreu no dia 30, terça-feira, na Santa Casa de Campo Grande, insiste na Justiça para ter a contraprova do exame que detectou a presença do coronavírus no idoso. Ele já havia tomado as duas doses da vacina contra a covid-19, duas semanas antes de ser internado.
Segundo o hospital, ele morreu em decorrência de uma infecção generalizada, derivada de ferimento no pé provocado pela diabetes. Além disso, tinha sintomas de covid-19 e por isso foi feito o exame, cujo resultado só saiu depois da morte.
O sepultamento do corpo de Querino foi feito na quarta-feira à tarde, depois de ser adiado e razão do questionamento dos filhos em relação ao teste para covid. Como não houve autorização de contraprova antes do enterro, e o protocolo para pessoas positivas exige que o funeral seja feito logo, foi feita uma emenda ao mandado judicial impetrado pelos advogados da família. No texto, é esclarecido que agora, o interessa pela exumação do cadáver.
Ao Campo Grande News, o filho de Querino, Antônio Conceição, 58 anos, informou que a pergunta que a família quer responder é sobre a acusa da morte. “Foi ou não covid”, pergunta.
O histórico do paciente indica que houve recomendação de amputação da perna por causa de ferimento no pé, porém os filhos não aceitaram, alegando que essa era a vontade do pai.
Duas doses - O comprovante de vacinação contra a covid-19, nos dias 12 de fevereiro e 13 de março, foi anexado ao pedido judicial, ainda não apreciado pelo juiz Ariovaldo Nantes da Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.
A Santa Casa informou que a causa da morte foi a infecção derivada da diabetes descontrolada, que provocou ferimento no pé.
Sobre o pedido da família de contraprova, o hospital informou que só vai se manifestar quando houver comunicação oficial da Justiça.
Sobre a vacina, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou que o prazo para que a pessoa seja considerada imunizada contra a covid, após as duas doses, é de pelo menos 14 dias. Segundo o órgão, esse episódio específico demandaria investigação mais aprofundada para um posicionamento decisivo.
Querino foi sepultado no cemitério Jardim da Paz, na saída para Sidrolândia.
Créditos: CampoGrandeNews
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