O funileiro Agnaldo dos Santos Miranda, de 31 anos, foi condenado a dez anos de reclusão em regime fechado por assassinar Eliel de Jesus, de 44 anos, a golpes de faca e decapitar a cabeça da vítima em maio de 2019. O crime ocorreu em Coxim.
O julgamento foi realizado nesta terça-feira (12), no plenário do Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Coxim. O acusado ainda terá que pagar R$5 mil de indenização à família de Eliel, segundo o jornal Coxim Agora.
Vale lembrar que Agnaldo usou a pandemia de coronavírus para tentar liberdade. Em duas tentativas de revogação de prisão, no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a Defensoria Pública alegou que Agnaldo pertence ao grupo de risco, pois é hipertenso.
O Crime
O crime ocorreu em maio de 2019 na cidade de Coxim. O funileiro foi preso e, inicialmente, negou envolvimento no assassinato, mas horas depois de interrogado, confessou e contou detalhes de como agiu. Ele alegou que parou de usar drogas porque perdeu a esposa e guarda dos filhos. Mas estava na companhia de Jesus, que teria insistido para que ele usasse, o que causou um momento de fúria, como definiu o suspeito. Nesse momento o funileiro disse que decidiu matar a vítima.
Agnaldo e Jesus chegaram a entrar em uma briga e o suspeito desferiu várias facadas em Jesus. Ao relatar os golpes, o autor disse que foi uma faca certeira no peito, emendando que “quando se quer matar porco e boi tem que ir direto no coração, sem piedade'. Após decapitar a vítima, o suspeito cortou um pedaço da carne do pescoço e comeu. Depois, deixou a cabeça na varanda da casa do outro homem, por quem ele também procurou para matar. Como não encontrou, voltou para sua residência, dormiu e foi trabalhar no dia seguinte.
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