"Gato" - Polícia Civil deflagra operação para combater furto de energia em cidade de MS

Técnicos da Energisa vistoriaram padrões de energia elétrica de oito imóveis, que foram constatadas fraudes, moradores foram autuados em flagrante delito

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Policiais, técnicos e peritos em fiscalização. Imagens: (Divulgação/PC-MS)

Na manhã desta quinta-feira (18/4), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Nova Alvorada do Sul, com apoio da Eergisa e da Unidade de Perícias, deflagrou operação para identificar fraudes em medidores de energia de residências e comércios. Após investigações do Núcleo de Inteligência, com dados da concessória de energia elétrica foram constatadas divergências de informações sobre o consumo de energia, razão pela qual as equipes policiais, peritos e de técnicos da Energisa foram aos imóveis para vistoria dos padrões de energia elétrica de mais de oito imóveis, nos quais foram constatadas as fraudes pela perícia oficial.

Os moradores conduzidos à Delegacia de Polícia para os procedimentos cabíveis, sendo que oito pessoas autuadas em flagrante delito. O furto de energia pode configurar os crimes dos artigos 155 e 171 (furto e estelionato), ambos do Código Penal brasileiro.

Além disso, pode causar acidentes fatais em face das ligações clandestina que podem provocar incêndios e explosões, sendo a segunda maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica.

Outro fator de importância é que grande parte do prejuízo com as fraudes é direcionado mensalmente aos demais consumidores, que acabam arcando com parte do custo inerente à reposição das perdas decorrentes destas ligações clandestinas, que chegam a R$ 175 milhões no Mato Grosso do Sul e que encarecem a conta em até 10%, conforme autorização da agência reguladora do setor, a Aneel.

As fraudes, mais conhecidas como “gato”, trazem sobrecarga da rede elétrica e podem piorar a qualidade do serviço prestado, deixando o sistema mais suscetível a interrupções e oscilações de energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), estima que as fraudes no Brasil são gigantescas, representando mais do que 31,5 mil gigawatts, o que pode sustentar imóveis em grande parte do Estado do Mato Grosso do Sul.

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