Edson Aparecido de Oliveira Rosa, 36 anos, foi condenado a 27 anos, nove meses e dez dias de prisão, em regime fechado por ter matado a ex-mulher, Yara Macedo dos Santos, com tiro na cabeça. A morte aconteceu em junho de 2018, sendo presenciada pelo filho do casal, à época, com 14 anos.
O homem foi pronunciado por homicídio qualificado, por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa e feminicídio, além de posse irregular de arma de fogo. No decorrer do processo, a defesa requereu exame de sanidade mental no réu, sugerindo que o crime pudesse ter sido motivado por influência de “forte paixão'. O pedido foi negado pelo juiz, em recurso ao TJMS e em novo recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
O julgamento aconteceu ontem, em Dourados. Segundo informações do TJ-MS (Tribunal de Justiça de MS), o homem ainda foi condenado a mais um ano de prisão por posse irregular de arma, mesma pena imputada ao cunhado dele, que confessou ter guardado a arma após o crime.
Edson ainda foi condenado a pagar valor mínimo de reparação de danos aos filhos, sendo fixada em 10 salários mínimos, o que corresponde a R$ 99,8 mil.
Edson e Yara foram casados por 15 anos e tiveram quatro filhos e moravam no Parque das Nações I, em Dourados. Consta no processo que o relacionamento era conturbado, com recorrentes agressões físicas e emocionais praticadas por ele contra a mulher.
Um mês antes do crime, Edson a agrediu com cabo de vassoura por não ter gostado de saber que Yara se comunicou com um colega de trabalho. Ele disse que compraria uma arma para matar o rapaz.
Yara registrou boletim de ocorrência e solicitou medida protetiva. A partir daí, ela passou a morar com a mãe, enquanto o agressor estava proibido de se aproximar dela. Edson comprou arma e guardou na casa do cunhado, enquanto rondava a casa da ex-mulher.
No dia do crime, 25 de junho de 2018, Yara saiu com o filho de 14 anos para levar moto até oficina mecânica, sendo seguida por Edson, que exigia o desbloqueio do celular dela para visualizar as mensagens.
Os dois discutiram, ele mostrou a arma que estava na cintura, mas a briga acabou quando o filho conseguiu levar Yara à oficina. Mas, no trajeto, foram novamente cercados por Edson, que puxou a mulher e começou a agredi-la a socos.
O adolescente jogou pedaço de madeira contra o pai, mas não conseguiu acertá-lo. Em seguida, Edson tirou a arma da cintura, mirou na cabeça de Yara e disparou. Ela foi socorrido e morreu no hospital.
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