Uma idosa de 60 anos, identificada como Maria Inês Benitez Vaz, foi dada como morta pelo sistema da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ela foi até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência, quando descobriu que seu nome constava como se já tivesse morrido há dois anos. Agora, Maria Inês entrará com indenização para fazer a reparação do nome.
A mulher tem todos os documentos pessoais regularizados. Ela acionou um advogado na última quinta-feira (23) para entrar com ação judicial, que pode ser um processo ou indenização moral, e reparar seu nome na delegacia.
Maria Inês teme as consequências de não estar viva para o sistema policial. “Imagina se eu fosse pegar um ônibus na rodoviária? Eu ia ser presa, porque sou uma morta. “Se eu fosse num hospital, eu não ia ser atendida, porque sou indigente.” A vítima não teve respostas de nenhum dos órgãos envolvidos sobre o motivo da irregularidade. “Ninguém me falou nada. Eu vou entrar com indenização, porque é do meu direito”, conclui.
A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que não há registro de óbito associado ao nome dela nos sistemas da Polícia Civil e que não sabe a razão do ocorrido. Informou ainda que, após consulta aos sistemas de identificação civil e criminal, Maria Inês aparece como viva. Há registros de que seu último documento de identidade foi emitido em 2021.
A descoberta
A idosa foi à delegacia, no dia 17 de outubro, a fim de registrar uma queixa por uma ameaça que recebeu. Lá, descobriu que, para todo o sistema da Polícia Civil de MS, ela estava morta. “A investigadora ficou uns 10, 15 minutos olhando pra mim e pra tela no computador. Então, falou que eu estava em óbito no sistema. E não é de agora, já faz dois anos.”
O delegado recomendou, então, que a mulher procurasse a Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários) para verificar se havia algo em seu nome.
 
 







 
  
  
  
  
 
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