A mulher apontada como responsável por ter matado cadela a pauladas, no Residencial Búzios, em Campo Grande, prestou depoimento hoje à Polícia Civil e negou as acusações. As testemunhas ouvidas até agora também não viram o fato e a investigação continua.
As agressões teriam ocorrido depois que a cachorra revirava sacos de lixo em busca de comida, na frente da casa da mulher, no domingo à tarde (12).
A denúncia de maus-tratos foi feita pela presidente da ONG Abrigo dos Bichos, Maria Lúcia Metello, que socorreu o animal e a chamou de Miska. A cadela foi encontrada ensanguentada no Residencial Búzios, em Campo Grande, com mandíbula quebrada. O rastro de sangue indicava, segundo Maria, que ela tinha vindo da casa da mulher. O animal não resistiu aos ferimentos e morreu.
Hoje, a suspeita prestou depoimento na Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista). O interrogatório durou cerca de 30 minutos.
O titular da Decat, Maércio Alves Barbosa, disse que a mulher negou as acusações. Ela explicou que estava em casa, assistindo TV com a filha de 4 anos, quando o animal, já ensanguentado, invadiu a sala. Assustada, ela enxotou a cachorra, mas diz que não a agrediu.
As testemunhas ouvidas até agora, vizinhos da mulher, dizem que viram o animal saindo da casa, enquanto a suspeita estava em pé, perto da porta. Porém, ninguém afirmou ter presenciado o momento das agressões.
Barbosa disse que irá ao residencial para buscar mais informações, na tentativa de identificar outro suspeito ou evidências da versão da mulher.
Caso algum suspeito seja identificado, ele será indiciado na Lei do Crime Ambiental (9605/98), por maus tratos, crime com pena de detenção de três meses a um ano e pagamento de multa.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.