Vários sinais levaram a polícia a suspeitar do marido que matou a mulher Cintia Martins, de 22 anos, a facadas no domingo (22), em Japorã. A princípio o homem havia dito que a esposa havia sido ferida por outra mulher em uma festa.
O crime aconteceu na aldeia indígena Porto Lindo. A mulher foi esfaqueada pelo menos 10 vezes. A maioria dos golpes ocorreu no rosto, apresentando requintes de crueldade.
Conforme explicado pelo delegado que atendeu o caso, Alex Júnior da Silva, Cintia chegou a ser socorrida ao hospital de Iguatemi, mas não resistiu.
No local, equipes do socorro que atenderam a vítima contaram que o marido dela foi quem pediu ajuda. Ele teria explicado que estavam em uma festa e a esposa havia sido ferida por uma mulher. Ele então, segundo relato, a levou para casa e acionou o socorro.
A equipe médica informou a polícia que o homem também apresentava um ferimento na mão direita.
“Tivemos acesso ao laudo e notamos que o ferimento na mão dele é correspondente a ferimento provocado por faca. Na casa identificamos que havia sinais de que o crime havia sido ocorrido ali e não na festa como ele disse, como, por exemplo, o gotejamento de sangue na parede do quarto”, explicou o delegado.
O homem então foi localizado em Iguatemi e levado para a delegacia para prestar esclarecimentos. A princípio ele manteve a versão da briga na festa, mas depois passou a entrar em contradições e acabou confessando o crime, justificando como ‘motivos passionais’.
Ele foi preso em flagrante por feminicídio. A polícia já representou pela prisão preventiva.
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