Servidor aposentado de MS faz a segunda doação de medula em menos de 3 anos

Quando o assunto é doação de medula óssea muitas pessoas ficam na dúvida e acabam acreditando em mitos, mas a realidade da doação é bem mais simples do que parece e pode salvar vidas. Wilmar Nery da Silva, servidor aposentado do Tribunal de Justiça, é um exemplo claro de que a doação é tranquila e não deixa sequela alguma, pois em menos de três anos já realizou duas doações.

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O aposentado acaba de fazer sua segunda doação de medula e conta a simplicidade do procedimento. Ele relata que desde 1990 se tornou doador de sangue. Começou quando seu sogro passou por uma cirurgia e precisava do banco de sangue, depois disso as doações se tornaram frequentes, pois começou a pensar que poderia ajudar os outros com uma ação simples. E se tornar um doador de medula também foi pela mesma razão, conseguir salvar vidas de uma forma fácil.

É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e ter boa saúde para ser doador de medula. Para fazer o cadastro, basta procurar o hemocentro mais próximo para esclarecer qualquer dúvida, em seguida será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml), para realização do exame de compatibilidade que identifica as características genéticas de cada indivíduo, depois estes dados são inseridos no cadastro. Quando a compatibilidade é confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.

O procedimento é seguro e existem dois métodos de doações. No primeiro o doador passa por um exame clínico para confirmar o bom estado de saúde, não precisa mudar nenhum hábito de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita no centro cirúrgico, sob anestesia geral ou peridural, e dura aproximadamente 90 minutos. Este foi o procedimento que Wilmar passou em 2016 e conta que sua experiência foi boa e a recuperação é tranquila: “é mais como um desconforto, como dor de academia”.

Na outra forma de doação, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco circulantes no seu sangue. Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina própria, que colhe o sangue da veia do doador. O doador não é internado e tampouco precisa de anestesia, pois todos os procedimentos são feitos pela veia. Esse foi o procedimento que Wilmar fez neste mês de janeiro e conta que esse é mais simples ainda, com todos os instrumentos descartáveis e que não houve dor alguma depois.

“A única mudança que sinto é poder dar a possibilidade de alguém continuar brigando pela vida”, ressaltou sobre seu sentimento após as doações.

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