Usando nome de empresa de energia, criminosos aplicaram golpe em 5 mil vítimas

Os golpistas falavam de um suposto débito e em seguida enviavam boletos falsos

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Dracco durante a operação desta quinta-feira em casa de Campo Grande. (21) (Foto: Divulgação)

Os criminosos presos na 2ª fase da Operação Interestadual Cyberconnect se passavam por equipes de concessionária de energia elétrica para aplicar golpes contra milhares de empresas em Mato Grosso do Sul e outros três estados. Segundo o delegado Everson Contelli, responsável pela operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (21), não há participação de funcionários reais dessas empresas.

Segundo informações da Polícia Civil paulista, que começou a investigação, a quadrilha ligava para as vítimas que na grande maioria das vezes eram empresas. Os criminosos falavam de um suposto débito e a partir daí enviavam boletos falsos para que o consumidor depositasse os valores que, ao invés de irem para a concessionária, caíam na conta dos golpistas.

Foram seis meses de golpes, o que gerou um prejuízo de R$ 50 milhões aos consumidores. Mas a atuação dos criminosos não ficava apenas nesse modelo. A polícia descreve a quadrilha como especialista em vários tipos de armação, como: golpe do Pix e clonagem de cartão.

Além de Campo Grande, os mandados desta quinta-feira foram cumpridos em Goiás, São Paulo e Mato Grosso. A ação é desenvolvida e coordenada pelo Deinter (Departamento de Polícia Civil no Interior Paulista) em São José do Rio Preto (SP), com apoio do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) em Mato Grosso do Sul.

O Campo Grande News entrou em contato com a Polícia Civil de São Paulo que não revelou maiores detalhes, nem os alvos da operação aqui. Apenas informou, por nota, que também teve o apoio da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) e Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) para cumprimento de sete medidas cautelares de busca e apreensão.

Em Mato Grosso do Sul, os envolvidos não repassaram informações porque a investigação é comandada em São Paulo.

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