Nesses últimos dias chuvosos na região do Vale do Ivinhema, causou transtornos para os moradores de algumas casas populares no Distrito de Amandina, município de Ivinhema, onde tiveram que desocupá-las nesta sexta-feira (22).Os moradores prejudicados solicitaram a presença do Jornal da Nova, para relatarem o sofrimento e os transtornos que eles estão passando devido à má estrutura das casas, que aos poucos estão rachando e ficando perigoso morar dentro delas, com risco de desabar a qualquer momento.

Depois da forte chuva que caiu em Amandina, algumas casas tiveram rachaduras de grandes proporções, umas chegando a rachar por completo a fraca estrutura das residências.

Segundo a moradora Debora Marinho dos Santos de 31 anos, casada e com 5 filhos, ela teve que sair de casa e procurar uma nova moradia, “quando fui beneficiada com minha casa, ela já veio com algumas rachaduras, principalmente no piso, quando procurei o órgão responsável, disseram que era normal”, disse Debora ressaltando que várias casas já apresentava problemas antes mesmos de serem ocupadas.

De acordo com os moradores, pelo menos 6 residências foram interditadas e os moradores foram obrigados mudar as presas.

Algumas tiveram ajuda de um trator da Associação dos Produtores Rurais de Amandina, outros com caminhões e ajuda de vizinhos.

A prefeitura de Ivinhema, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, adotou as primeiras medidas de assistência às famílias que tiveram que sair de suas casas.

O prefeito Eder Uilson França Lima, o Tuta, e secretários municipais de Obras e Assistência Social estiveram no local logo cedo para prestar solidariedade às famílias e assistência às vítimas. De imediato o prefeito determinou que a Secretaria de Assistência Social transferisse as famílias para casas alugadas pelo município.

O problema se repete na casa de uma idosa no mesmo conjunto habitacional. “Não sei mais o que fazer. Não adianta eu chamar um pedreiro para consertar se o problema das rachaduras está no solo”, disse a idosa, afirmando que a casa foi construída num terreno onde antes era lugar íngreme.

Embora as fissuras não sejam muito profundas, as rachaduras existem em quase todas as casas do conjunto.

Um engenheiro consultado pelo Jornal da Nova, disse que as residências que apresentaram as rachaduras, provavelmente comprometeu o alicerce direto, como é chamado, ele ainda disse que se os proprietários das casas colocassem um pouco de terra em volta das calçadas ou plantasse grama em volta, evitaria a entrada de água na base estrutural.

Algumas construções possuem paredes com função estrutural, as chamadas paredes autoportantes. Neste caso as colunas são dispensadas.

Na verdade elas não são menos seguras do que uma construção com sistema estrutural clássico (colunas, vigas e lajes), mas elas são menos práticas na hora de você fazer uma reforma, derrubar paredes ou se quiser ampliar a área construída futuramente.

Os moradores estão preocupados por quanto tempo eles irão ficar fora da casa deles, e como será feito esse concerto. O prefeito Tuta está acompanhando pessoalmente a equipe, para que todas as providências sejam tomadas e as famílias atendidas.