Ivinhema – Após 4 anos, jovem vai a Júri Popular por morte da estudante Marielle

O jovem vai a júri popular dia 30 de abril deste ano

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Marielle Lobo Vieira faleceu em 20 de novembro de 2015. Imagem: (Divulgação/Redes Sociais)

Depois de 4 anos e 3 meses, após o jovem Caio V. S. ter tirado a vida de Marielle Lobo Vieira de 18 anos, o caso será julgado no Fórum de Ivinhema no dia 30 de abril a partir das 8:30 horas.

O jovem foi preso em flagrante após o crime, mas foi solto pouco tempo depois, em decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do MS, que determinou a imediata colocação do jovem acusado em liberdade, substituindo a prisão preventiva por medidas cautelares.

O caso gerou grande repercussão e comoção nas redes sociais e pelos cantos da cidade. E até nos dias de hoje muitos ainda perguntam sobre o final deste triste fato, e todos ainda aguardam o desfecho de mais um caso trágico e que abalou a população Ivinhemense.

As duas famílias são tradicionais em Ivinhema, tanto a do autor, como a da vitima, e estão se preparando para participar do julgamento. Familiares e amigos da vitima, estão se organizando para participar do julgamento e exigir a condenação do jovem.

Entenda o Caso!

A jovem de 18 anos morreu após um tiro atingir sua cabeça. Conforme informações apuradas na época (20/11/2015), o fato teria acontecido em um churrasco entre amigos, ao qual em um determinado momento, um rapaz que manuseava uma arma de fogo, disparou acidentalmente um tiro contra a vítima identificada como Marielle Lobo Vieira, de 18 anos, filha de um Policial Militar da reserva. A jovem estava na casa onde ocorreu a tragédia participando de uma festa com alguns amigos, quando um deles teria manuseado a arma acidentalmente. A ocorrência foi atendida pela Polícia Civil juntamente com Bombeiros Militares de Ivinhema e uma equipe do Núcleo de pericias de Nova Andradina, que também estiveram presente no local realizando os procedimentos para serem apuradas as reais causas do ocorrido. (Com informações do 8ºBPM). Familiares e amigos fizeram uma roda de oração defronte a casa onde o clima era de total desconsolo e tristeza.

A Polícia Civil prendeu o suspeito que matou a jovem a tiro. O Delegado Dr. Henrique, explicou que o acusado e o adolescente de 16 anos, primeiramente contaram uma história fantasiosa que não colou e o delegado desconfiou, onde acabou desvendando o caso.

Primeiramente os jovens disseram que estavam no lado de fora da residência e, quando, ouviram um estampido de arma de fogo, foram para o interior da residência e encontraram Marielle Vieira de 18 anos, morta. Durante os interrogatórios, o Delegado juntou as peças e algo não batia com as informações dadas pelos jovens e resolveu juntamente com a equipe policial voltar na residência.

No banheiro da casa, exatamente no vaso sanitário, foi encontrada a cápsula deflagrada calibre 38, bem como já havia apreendido antes, durante a perícia, o projétil que transfixou a cabeça da jovem. Em revistas, foi localizada a arma, um revólver calibre 38.

De volta à Delegacia, Caio acabou contando outra versão dos fatos e teria confessado que foi ele, que estava com a arma. Durante depoimento ele disse que a jovem estava no banheiro e, quando ela saiu, ele mostrou a arma para a jovem, que acabou disparando acidentalmente, atingindo a nuca transfixando a parte frontal da cabeça, levando a jovem a morte instantânea.

“Ele jogou a cápsula no vaso sanitário e deu descarga, porém, não adiantou, pois localizamos a mesma e ficou evidente que a cena do crime, não era a mesma primeiramente fornecida por ele, que acabou falando esta última versão”, disse o delegado Cavagna, ressaltando que após a oitiva, deu voz de prisão em flagrante ao jovem por homicídio doloso.

Caio permaneceu preso à disposição da Justiça. A reportagem na época tentou contato com a defesa do suspeito, no entanto, não conseguiu. Especialistas na área de direito, disseram que o jovem pode ser liberado, conforme a lei vigente. Por ter menos de 21 anos, primário, endereço fixo entre outros dados, que poderão favorecer num eventual alvará de soltura.

Negada liberdade provisória de Caio - No dia 17/12/2015, foi julgado o pedido de liberdade de Caio S. de 19 anos, acusado de matar a tiro Marielle Vieira. O Habeas Corpus teve dois votos contrários a sua liberdade, contra um a favor, votados pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.

Seu pedido de liberdade provisória já havia sido negado pelo Poder Judiciário de Ivinhema. Agora, os advogados de defesa do acusado tentarão um pedido na Justiça Federal em Brasília (DF).

Após ouvir 18 testemunhas, realizar a reconstituição do crime e efetuar todas as perícias e exames periciais possíveis, o delegado de Polícia Civil de Ivinhema, Dr. Ricardo Cavagna, concluiu que a morte da jovem Marielli Vieira de 18 anos, não foi acidente. Para a autoridade policial, o autor dos disparos, Caio S. responderá pelo crime de homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar.

O inquérito policial foi concluído dentro do prazo legal de 10 dias. Além das 18 pessoas ouvidas no inquérito policial, foram realizados exames de balística da arma do crime, deficiência da arma de fogo, exame residuográfico nos envolvidos, exame de constatação de resíduos de sangue numa toalha encontrada na residência e necroscópico.

Na quarta-feira, 25 de novembro daquele ano, a Polícia Civil, juntamente com equipe da perícia fez a reconstituição do crime durante três horas e tentou proceder um novo interrogatório com o suspeito Caio S. autor do disparo. Porém, ele exerceu seu direito constitucional de permanecer calado e, portanto, não houve alteração na versão inicial dos fatos. Caio continuou preso na cadeia da Delegacia de Ivinhema. Colaborou com as informações IviAgora e Flavio Lucas.

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