Ivinhema - Justiça manda a júri popular e solta policial militar que matou rapaz e feriu outro durante confusão em posto

Crime aconteceu dia 25 de janeiro de 2020. Réu terá que cumprir medidas cautelares

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Momento em que policial, de dentro do carro, atira. Imagens: (Divulgação / Redes Sociais)

A Justiça de Mato Grosso do Sul mandou a júri popular o policial militar Elizeu Teixeira Neves, acusado de matar Gustavo Henrique de Azevedo da Silva e ferir um outro rapaz, durante confusão em um posto de combustíveis de Ivinhema, no dia 25 de janeiro deste ano. Ele responde por homicídio qualificado pelo motivo fútil e tentativa de homicídio qualificada também pelo motivo fútil.

Na decisão de pronúncia, publicada no Diário da Justiça desta terça-feira (08), a Justiça também mandou soltar o soldado. Ele estava preso desde o dia do crime e agora terá que cumprir medidas cautelares.

Para a soltura do soldado da PM, a Justiça levou em consideração o fato dele estar preso desde o crime, de que não há previsão para a realização do júri popular devido à Covid-19 e ainda por ser servidor público residente em Ivinhema.

Ainda conforme a decisão, Elizeu Neves não poderá ter contato com a vítima da tentativa de homicídio e nem com testemunhas do caso; fica proibido de fazer trabalhos ostensivos na corporação e terá que manter atualizado o endereço residencial. Caso descumpra alguma dessas medidas, poderá ser preso novamente.

Crime

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Gustavo Henrique morreu com tiro disparado por policial.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o policial estava com mais dois amigos no posto e um deles se envolveu em confusão com outro grupo. A situação foi apaziguada e o soldado e um terceiro amigo entraram no carro para irem embora.

Conforme o vídeo e o registro da ocorrência, vários rapazes se aproximam do carro de Elizeu Neves e um leva a mão para dentro do veículo, pela janela do motorista. Em seguida se ouve um tiro, há dispersão e uma nova discussão com o amigo do militar.

O tiro disparado pelo policial atingiu Gustavo no tórax. Ele morreu no local e o outro jovem ficou ferido.

Após os tiros, o soldado foi até a unidade policial onde trabalhava, contou o que havia acontecido e foi preso. Amigos das vítimas foram até o local e jogaram pedras no imóvel.

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