Na manhã da ultima terça-feira (08/12) um homem de 30 anos de idade, morador da cidade de Deodápolis, foi preso em Ivinhema, em flagrante, por ter extorquido uma jovem de 20 anos de idade para não divulgar vídeos íntimos gravados durante relação sexual.
Incialmente, o homem teria entrado em contato com a jovem pelo WhatsApp se passando por uma mulher. Ele usava o apelido “Monique” e dizia ser proprietário de uma agência de modelos. A vítima se interessou e para que uma avaliação profissional fosse feita e indicou o seu endereço residencial. De acordo com a primeira versão da vítima, o “Avaliador” compareceu até a casa da jovem e, segunda ela, a estuprou e realizou uma filmagem do ato sexual.
Após, o “Avaliador” enviou o vídeo à vítima e passou a exigir dinheiro para que o vídeo não fosse divulgado. A vítima, desesperada, chegou a repassar a quantia de R$ 500 reais para o homem. Contudo, ainda assim o “Avaliador” continuava a exigir dinheiro para que o vídeo não fosse divulgado. A vítima passou a negociar a entrega do celular pessoal.
Somente neste momento a vítima procurou ajuda da Polícia e, na ocasião que o homem veio para Ivinhema buscar o telefone negociado como pagamento, foi preso em flagrante pelos policiais civis.
Foi organizada uma operação para flagrá-lo. Vários policiais civis foram mobilizados, inclusive de outras cidades, para localizar e prender o homem.
Durante as investigações descobriu-se que “Monique” era apenas um apelido para abordar com mais facilidade mulheres e que, na verdade, o homem utilizava-se deste artifício para chegar as vítimas e fazer propostas de quantia em dinheiro a fim de praticar programas sexuais. O indivíduo chegava a oferecer a quantia de R$ 7 mil reais pelos programas sexuais, entretanto, após a consumação do ato, o autor não pagava as vítimas e passava a extorqui-las para não divulgar os vídeos realizados durante a relação sexual.
Na investigação foi levantada ainda a informação de que ele teria aplicado o mesmo golpe em mais uma jovem, na cidade de Campo Grande. Uma terceira jovem também teria sido abordada pela internet, mas não aceitou a proposta oferecida por ele.
Assim, os policiais descobriram que a jovem que o denunciou distorceu parcialmente os fatos relatados na Delegacia, quando falava que havia sido estuprada. Na verdade, “MONIQUE” a abordou como se fosse dona realmente de uma agência de modelos, mas no desenvolvimento da conversa, deixou claro que se tratava de um programa sexual, aceito pela jovem, sendo que o “Avaliador” havia prometido o valor de R$ 7.000,00 pelo programa.
Neste caso, o homem foi preso em flagrante e responderá pelos crimes de EXTORSÃO e VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE, cujas penas, se somadas poderão chegar a 16 anos de reclusão.
O Delegado explica que a extorsão restou configurada por ele ter exigido dinheiro para não divulgar o vídeo. A violação sexual mediante fraude acontece porque ele fez promessas falsas, que sabia que não cumpriria, à vítima para conseguir ter relação sexual com ela.
Com relação à jovem, que distorceu os fatos para omitir que havia realizado um programa sexual, o Delegado explica que a vítima também poderá responder criminalmente por imputar falsamente o crime de estupro ao autor dos fatos.
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